Jerónimo de Sousa e Catarina Martins não se vão enfrentar nos debates televisivos

António Cotrim / Lusa

Catarina Martins (BE) e Jerónimo de Sousa (PCP)

O debate entre os dois líderes de esquerda ia decorrer na CNN Portugal, mas não vai acontecer devido ao boicote do PCP aos debates que são transmitidos apenas por canais fechados.

Com o boicote do PCP aos debates de antecipação das legislativas que vão ser transmitidos pelos canais por cabo, o confronto entre Jerónimo de Sousa e Catarina Martins não vai ter lugar, revela o Público.

As estações televisivas nacionais vão ser palco de 30 debates que colocam os líderes partidários frente a frente e o confronto entre a coordenadora do Bloco de Esquerda e o secretário-geral do PCP estava marcado para 3 de Janeiro, na CNN Portugal.

No entanto, os comunistas anunciaram na semana passada que apenas vão participar nos debates que vão ser transmitidos em sinal aberto. Desta forma, os antigos parceiros do PS na geringonça, que se “divorciaram” de vez dos socialistas depois de chumbarem a proposta de Orçamento de Estado para 2022 e desencadearem eleições antecipadas, não se vão enfrentar na televisão.

Para além do debate com Catarina Martins, Jerónimo de Sousa também não vai participar em mais cinco outros confrontos. Estava marcado para 5 de Janeiro o debate entre o PCP e o Livre também na CNN Portugal, que não vai acontecer.

Jerónimo também não vai debater com André Ventura, do Chega, cujo confronto estava marcado para dia 7 de Janeiro na RTP3. O embate com o CDS, previsto para dia 8 na CNN Portugal, com o PAN, agendado para dia 11 na CNN, e com a Iniciativa Liberal, marcado para 15 na RTP3, também não terão lugar.

O PCP justificou o boicote com a falta deprincípios básicos de imparcialidade“, acusando a organização de definir que “existem partidos de primeira (PS e PSD) e de segunda categoria”.

“Um modelo assente na atribuição aos primeiros, e apenas a estes, a prerrogativa de debater com cada um dos restantes em canal generalista, com abissal diferença de audiências, como pela concepção de um inaceitável debate entre putativos candidatos a primeiro-ministro – desvirtuando a natureza das eleições legislativas”, criticou.

ZAP //

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