Contra o modelo de debates, Jerónimo só participa nos frente-a-frente em canal aberto

Manuel de Almeida / Lusa

Jerónimo de Sousa

O PCP considera que “a proposta de debates formalizada pelas direções de informação da RTP, da SIC e da TVI não garante princípios básicos de imparcialidade”.

O secretário-geral comunista só vai participar nos debates televisivos, no âmbito das eleições legislativas, em canal aberto e no debate alargado transmitido pela RTP, uma vez que o partido considera discriminatório o modo como foram organizados os frente-a-frente.

Questionado pela Lusa a propósito de um comunicado divulgado durante a tarde de segunda-feira, em que o partido julgou ser discriminatório o modelo de organização feito por RTP, SIC e TVI, fonte do PCP disse que “a decisão é participar nos debates que se realizem em canal generalista ou outros conjuntos, como o da RTP”.

Jerónimo de Sousa estará presente apenas nos debates em canal aberto previstos para 4 e 12 de janeiro e no debate em conjunto com as restantes candidaturas que alcançaram representação parlamentar em 2019, em 17 de janeiro.

No comunicado divulgado durante a tarde, os comunistas sustentaram que a proposta de debates formalizada pelas direções de informação da RTP, da SIC e da TVI “não garante princípios básicos de imparcialidade“.

O PCP diz que a organização assume que existem “partidos de primeira (PS e PSD) e de segunda categoria”.

Nas críticas tecidas ao modelo encontrado, o PCP diz que a socialistas e sociais-democratas foi atribuída a “prerrogativa de debater com cada um dos restantes em canal generalista, com abissal diferença de audiências” e que há uma desvirtuação da natureza das legislativas, já que é concebida a ideia de que se trata de um “debate entre putativos candidatos a primeiro-ministro”.

O partido recusa “assumir-se como força política menorizada ou menorizável”, mas mantém a disponibilidade para participar nos debates das eleições legislativas de 30 de janeiro, desde que sejam realizados “em condições de igualdade entre as várias forças”.

// Lusa

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