Um dia após as eleições intercalares, o procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, demitiu-se esta quarta-feira do cargo, a pedido do Presidente norte-americano, Donald Trump.
“A seu pedido, envio a minha renúncia”, escreveu Sessions, na carta de demissão endereçada a Donald Trump. No documento, o procurador-geral não fez críticas ao Presidente e deixou agradecimentos aos seus funcionários.
Numa mensagem na rede social Twitter, Trump anunciou que o chefe de gabinete de Sessions, Matt Whitaker, será o procurador-geral interino.
Jeff Sessions aguentou mais de um ano de ataques e críticas pessoais de Trump por se ter escusado a investigar a potencial ingerência russa na campanha presidencial de Trump, em 2016, em conluio com a equipa de campanha deste.
De acordo com o New York Times, o Presidente norte-americano terá forçado a saída do procurador-geral. O jornal recorda que a relação entre ambos ficou tremida depois de Sessions se afastar voluntariamente das investigações sobre a suposta ingerência.
O chefe de Estado culpou essa decisão de Sessions por ter aberto a porta à nomeação do procurador especial Robert Mueller, que tomou a seu cargo a investigação sobre o papel da Rússia e começou a analisar se a intimidação de Sessions seria parte de um plano mais abrangente de obstrução da Justiça.
A demissão de Jeff Sessions ocorre um dia depois das eleições intercalares, nas quais o Partido Democrata norte-americano conquistou a da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), enquanto os republicanos – partido de Trump – conseguiram manter o domínio do Senado (câmara alta do Congresso).
ZAP // Lusa