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Já foram administradas 500 mil vacinas. Costa quer 1,4 milhões de portugueses vacinados até abril

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José Sena Goulão / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, fixou este sábado como objetivo vacinar 1,4 milhões de portugueses até “ao princípio de” abril, depois de já terem sido administradas mais de “meio milhão de vacinas”.

“Na semana passada, ultrapassámos o meio milhão de vacinas já administradas, o objetivo que temos é que, até ao princípio de abril, consigamos cumprir o objetivo de vacinar 1,4 milhões de portugueses entre aqueles que estão nos grupos de riscos prioritários e os que prestam serviços nos serviços essenciais”, afirmou António Costa.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas no final de uma visita ao Quartel de Conde de Lippe, na Ajuda, em Lisboa, um dos locais onde arrancou este sábado o processo de vacinação contra a covid-19 de efetivos da GNR e PSP.

“Desde o início da pandemia, têm sido indispensáveis para gerir esta situação”, assinalou o chefe do Governo, elogiando o papel das forças de segurança na gestão da pandemia.

António Costa reafirmou o objetivo de “chegar ao final do verão com 70% da população portuguesa devidamente vacinada”. “Até ao final do verão temos um longo percurso, ainda estamos do inverno, ainda não chegámos sequer à primavera”, alertou, apelando a todos que prossigam até lá com as medidas de proteção individual.

Costa anunciou que, na próxima semana, haverá um reforço de 100 mil vacinas para administrar aos idosos com mais de 80 anos e às pessoas com mais de 50 anos e doenças associadas.

“Iniciámos a campanha de vacinação das pessoas com mais de 80 anos e das pessoas com mais de 50 anos e algumas doenças associadas. Esse será seguramente o grupo que, para a próxima semana, vai ter um reforço já mais importante. Creio que cem mil vacinas serão destinadas na próxima semana a este grupo de maior risco”, afirmou.

O primeiro-ministro voltou a reiterar que, “mais do que a vacina”, é o “comportamento de cada um de nós que trava a expansão da pandemia” de covid-19.

“Por mais vacinas que existam, é indispensável não descurar os cuidados que sabemos que temos de ter. São absolutamente essenciais para continuarmos a prevenir a expansão da pandemia”, assinalou Costa.

Costa ainda não sabe quando será vacinado

O primeiro-ministro disse ainda não saber quando será vacinado contra a covid-19, mas adiantou que já existem “membros do Governo e deputados” inoculados, assegurando que quando for chamado lá estará “para dar o ombro à vacina”. “Poderão [saber] quando eu souber, não será segredo, mas ainda não fui informado”, respondeu.

De acordo com o primeiro-ministro, além do chefe do Estado e do presidente do parlamento, “têm sido já membros do Governo e deputados vacinados”.

“Como sabe, depende do número de doses, da idade, eu felizmente ainda tenho menos de 65 anos e serei provavelmente vacinado com a vacina da Astrazeneca. Os serviços de saúde vão organizando isso e quando for a minha vez lá estarei para dar o ombro à vacina”, assegurou.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, receberam esta sexta-feira a primeira dose da vacina contra a covid-19. Fonte oficial de Belém adiantou à Lusa que o chefe de Estado e comandante supremo das Forças Armadas “deverá receber a segunda dose ainda antes da posse a 9 de março” para o segundo mandato para o qual foi eleito em 24 de janeiro.

A vacinação contra o novo coronavírus arrancou a 27 de dezembro, abrangendo primeiro profissionais de saúde diretamente envolvidos na resposta à pandemia, seguindo-se os profissionais e residentes em lares de idosos e unidades de cuidados continuados.

A primeira fase do plano de vacinação inclui também profissionais das Forças Armadas, forças de segurança e serviços considerados críticos, titulares de órgãos de soberania, idosos com 80 ou mais anos e pessoas 50 ou mais anos e com doenças associadas.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro alertou que Portugal vai receber menos de metade das vacinas contra a covid-19 que estavam previstas para o primeiro trimestre deste ano, um problema não está na distribuição nem na falta de recursos humanos para administrar a vacina, mas sim “fora de Portugal”.

ZAP // Lusa

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