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“As nossas liberdades estão a morrer.” Itália e França protestam contra o certificado covid

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Angelo Carconi / EPA

Milhares de pessoas manifestaram-se, este sábado, em várias cidades italianas e francesas contra os certificados de saúde covid-19.

Este sábado, milhares de pessoas manifestaram-se em várias cidades italianas contra a instauração de um certificado covid-19 para assistir a eventos em recintos fechados e no setor da educação. Em França, segundo estimativas oficiais, cerca de 237 mil pessoas marcharam pelo quarto fim de semana consecutivo contra os certificados, que vão ser obrigatórios para aceder a cafés, comboios e outros locais.

Cerca de mil pessoas estiveram na Piazza del Popolo, no centro de Roma, em protesto contra o certificado. Segundo a agência noticiosa italiana Ansa, milhares de pessoas também desfilaram em Milão, no Norte, alguns utilizando indicações de “Não vacinado”.

Em Nápoles, no sul do país, há registo de uma centena de participantes num protesto idêntico, que também manifestou oposição à vacinação de crianças contra a covid-19.

Já em França, e de acordo com o Ministério francês da Administração Interna, esta foi até agora a maior mobilização contra a imposição dos certificados. Às 19h00 locais (18h00 em Portugal continental), as autoridades francesas registavam 198 intervenções, 35 detenções e sete ferimentos ligeiros entre agentes das forças de segurança.

Uma multidão pacífica de manifestantes atravessou Paris, acompanhada por polícia antimotim equipada a rigor, exibindo bandeiras em que se que liam frases como “As nossas liberdades estão a morrer” e “Vacina: Não toquem nos nossos filhos”.

Dezenas de manifestações foram organizados em outras cidades francesas, incluindo Marselha, Nice e Lille. Alguns manifestantes protestaram também contra o facto de o Governo francês ter tornado as vacinas contra a covid-19 obrigatórias para os trabalhadores do setor da saúde até 15 de setembro.

A generalidade dos protestos centrou-se na limitação ao movimento dos cidadãos imposta pela obrigatoriedade dos certificados e da vacinação.

Em Itália, o passaporte verde, uma extensão do certificado digital da União Europeia, tornou-se obrigatório na sexta-feira para entrar em cinemas, museus, em recintos desportivos fechados e no interior de restaurantes.

Para os que trabalham em escolas e universidades também será necessário, assim como para estudantes, a partir de 1 de setembro, sendo ainda obrigatório em voos domésticos e viagens de comboio de longa distância.

Em França, o certificado será necessário, a partir de segunda-feira, para entrar em cafés, restaurantes, fazer viagens de longa distância e, em alguns casos, aceder a hospitais. A obrigatoriedade da apresentação do certificado estava já em vigor para o acesso a locais culturais e recreativos, incluindo cinemas, salas de concertos e parques temáticos com capacidade para mais de 50 pessoas.

ZAP // Lusa

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