Israel usou programa de espionagem no WhatsApp para localizar e eliminar líder do Hamas

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Kremlin / Wikipedia

O ex-líder do Hamas, Ismail Haniyeh

Os serviços secretos israelitas terão usado um programa de espionagem introduzido no seu telefone através do serviço de mensagens WhatsApp para assassinar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh.

O ataque dos serviços secretos israelitas que esta quarta-feira eliminou Ismail Haniyeh foi conduzido com a ajuda de um software de espionagem instalado no WhatsApp do líder do Hamas, diz Elijah Magnier, jornalista especialista em assuntos do Médio Oriente .

Numa publicação no X/Twitter, o jornalista explica que este software permitiu à Mossad determinar a posição exacta do líder do Hamas no seu apartamento.

“Haniya foi morto depois de ter tido uma conversa com o filho, durante a qual a sua localização exata foi identificada”, escreve Magnier.

Segundo Magnier, o software é aparentemente semelhante ao programa de espionagem Pegasus, desenvolvido pela empresa israelita NSO Group.

Esta tecnologia avançada permite a vigilância em tempo real e a definição de objectivos com precisão, o que a torna uma ferramenta inestimável para as operações de informação”, explica o jornalista.

Ismail Haniya foi morto na quarta-feira num ataque à sua residência em Teerão, onde tinha chegado para assistir à tomada de posse do Presidente eleito do Irão, Masoud Pezeshkian, no dia anterior.

Tanto o Irão como o Hamas acusam Israel da sua morte.

“O irmão líder, mártir combatente Ismail Haniyeh, líder do movimento, morreu em resultado de um ataque traiçoeiro sionista na residência em Teerão, depois de participar na cerimónia de posse do novo Presidente iraniano”, confirmou o Hamas em comunicado.

Telavive não confirma nem desmente a autoria do atentado.

Haniya, 62 anos, foi primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestiniana de 2006 a 2014. Entre 2014 e 2017, foi chefe do Hamas na Faixa de Gaza, após o que se tornou presidente do gabinete político da organização.

Na sequência do ataque do grupo terrorista a 7 de outubro em território israelita,  no qual morreram mais de 1 200 pessoas e cerca de 250 foram feitos reféns, Israel prometeu matar Haniyeh, que considera o principal mentor do ataque, e outros líderes do Hamas.

ZAP //

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2 Comments

  1. Menos um terrorista.
    Terrorista bom é terrorista morto….
    Temos que começar a fazer aqui na Europa o que Israel faz no médio oriente.

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