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Isabel dos Santos estará a ser investigada por fuga ao Fisco em Angola

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Manuel Araújo / Lusa

Manuel Araújo / Lusa

A empresária estará a ser investigada pela justiça angolana por alegada fuga ao Fisco. Em causa estão suspeitas de que importou viaturas e material informático em nome da Cruz Vermelha de Angola, mas para utilização na sua empresa de telecomunicações.

A notícia é avançada pela agência de rádio internacional Angola Voz da América (VOA) que avança que Isabel dos Santos é suspeita de ter lesado o Estado angolano em mais de 30 milhões de dólares, cerca de 25,3 milhões de euros.

“O processo é assente em suspeitas de que a antiga administradora da Sonangol terá usado a Cruz Vermelha, que beneficia de isenção fiscal, para adquirir meios como viaturas, material informático e geradores para a sua empresa”, aponta a VOA.

Está em causa a empresa de telecomunicações de Isabel dos Santos, a Unitel. A empresária é também presidente da Cruz Vermelha de Angola (CVA), havendo suspeitas de que pode ter usado essa condição para proceder às referidas importações sem pagar impostos, aproveitando a isenção fiscal da organização.

A filha do ex-Presidente angolano já veio negar estas informações, usando o seu perfil no Twitter para falar num “artigo falso” e anunciar uma queixa-crime por “difamação” contra a VOA.

A rádio internacional refere que as alegadas compras suspeitas foram feitas entre 2009 e 2016, notando que o caso está a ser investigado pela Direcção Nacional da Polícia Económica de Angola.

A VOA aponta ainda que o jornalista e activista Rafael Marques está a seguir o caso e que considera que o mandato da empresária à frente da CVA já expirou.

“A sua saída permitiria relançar a Cruz Vermelha, com um plano de acção, tendo em conta a sua importância no apoio humanitário em várias zonas do país”, frisa o jornalista na VOA, acusando Isabel dos Santos de ter usado “o nome da CVA em benefício próprio” e de ter contribuído, assim, para “destruir a organização”.

ZAP //

1 Comment

  1. Ai só agora é que estão a dar conta que ela chegou aos “mil milhões” à custa de uma terra sagrada chamada Angola, sagrada para angolanos e portugueses, estes porque lhe deram o nome e ela porque nunca o enjeitou. Todos aqueles que roubam Angola roubam Portugal e todos quantos roubam Portugal roubam Angola também. Essa senhora só cresceu à custa de um regime autocrático, onde não tinha de prestar contas nem de pagar impostos. E não será despiciente a investigação a todos os negócios que a dita fez e faz em Portugal, sobretudo naquele aspecto de saber de onde lhe veio e vem tanto poder aquisitivo. Agora, já não são só países mas é todo planeta que exige equidade e não concentração de poder, económico ou outro. O tempo do posso, quero e mando já acabou e chegou um novo tempo que é o de distribuir recursos cada vez mais escassos por um número cada vez maior de pessoas. E isto é uma equação que não se resolve com “Isabeis Santinhas” que são, de resto, um obstáculo aos novos tempos. É preciso reeducá-la!

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