A IA é a solução para o caos no INEM? Ministra da Saúde admite que sim e já pediu reunião com unicórnio português para discutir possibilidade de integrar máquinas no lugar de humanos no CODU.
A startup portuguesa Sword Health apresentou ao Governo uma proposta para implementar um sistema de Inteligência Artificial (IA) no atendimento telefónico do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), cujas chamadas que deixou por atender terão estado na origem de 11 mortes relacionadas com atrasos nos serviços de emergência.
A tecnologia promete responder à falta de técnicos de emergência pré-hospitalar com um serviço eficiente e gratuito, com capacidade de imitar um atendimento humano sem que o utilizador perceba que está a falar com um robô.
“Nenhum humano percebe que está uma máquina a falar”, diz Virgílio Bento, fundador e diretor da Sword Health, ao Expresso.
O sistema segue uma “árvore de decisão clínica” que permite tomar decisões semelhantes às de um técnico de emergência, incluindo a possibilidade de encaminhar casos complexos para clínicos humanos.
“O sistema tem uma conversa natural, o tom, a cadência, e nenhum humano, nenhuma pessoa, distingue que não está a falar com outro humano e sim com uma máquina”, assegura o responsável.
A tecnologia proposta já está em funcionamento, maioritariamente no mercado norte-americano, onde é usada para avaliações clínicas por via telefónica.
Atualmente, a startup trabalha na adaptação para o contexto português, de forma a integrar o sistema nas delegações do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU). Já há reunião prevista com o Governo, a pedido da ministra Ana Paula Martins.
“Recebi o pedido da ministra da Saúde para uma reunião na terça-feira. Vamos marcar para vermos como podemos ajudar — e “não há qualquer custo“, garante a startup.
Virgílio Bento sublinha que, especialmente em situações de elevada procura, como durante os picos de inverno ou greves de técnicos, “este sistema nunca falha, mesmo com o dobro da procura”, afirma, destacando que, a médio prazo, a IA será uma peça fundamental nos sistemas de emergência em saúde. “Dentro de cinco anos, todos os serviços de emergência funcionarão assim”, prevê.
“A inteligência artificial é muito nova, mas dentro de cinco anos todos os sistemas de emergência em saúde vão ser assim, porque é uma solução muito cómoda e flexível”, diz: “o que aconteceu durante a greve dos técnicos nunca acontecerá com um sistema de inteligência artificial a atender as chamadas, porque nunca falha, nem mesmo quando a procura duplica, como no inverno. É perfeito para este caso.”
A Sword Health, avaliada atualmente em 2,76 mil milhões de euros, é a startup portuguesa que mais rapidamente atingiu o estatuto de unicórnio.
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Os ministros e afins deviam ser substituidos por Robôs; todos iam notar a diferença – mais eficazes, inteligentes, humanos e gratuitos !!!!
Os ministros e afins deviam ser substituidos por Robôs; todos iam notar a diferença – mais eficazes, inteligentes, humanos e gratuitos !!!!!
Tratando-se de vidas humanas, colocar uma IA pode nao ser boa ideia. Ainda é cedo demais para colocar a vida de pessoas nas maos da IA.
Não somos “Perfeitos” , mas desumanizar todos os sectores e o mais importante que é o da Saúde de nós todos , é inadmissível . A solução para o melhor funcionamento dos Serviços de Saúde , passa por considerar melhor os diversos agentes que nele trabalham . A falta de Profissionais de saúde , claro resolve-se com melhores condições de Trabalho e Salariais , caso contrário não vale a pena proclamar que “A Vida Humana não tem preço” ! . Em contrapartida , somos grandes exportadores de Profissionais qualificados para outros Países ; triste sina a nossa !