A administração do Hospital de Beja abriu um inquérito para apurar as circunstâncias em que um doente passou seis dias no corredor das urgências. Os responsáveis alegam que a ideia foi “facilitar os tratamentos” ao doente oncológico de 76 anos.
O caso ocorreu no início do mês, quando este homem esteve do dia 3 ao dia 9 de Fevereiro na sala de macas do Serviço de Urgência. Os responsáveis do conselho de administração do Hospital de Beja referem no jornal Público que o inquérito pretende apurar “se foram cumpridos” os procedimentos pré-definidos.
Estes elementos assumem também que “não é regular” que um doente passe seis dias nas Urgências quando a unidade hospitalar tem “capacidade de internamento” nos respectivos serviços.
O filho do doente, Jorge Alexandre, revela no Público que os médicos que atenderam o pai lhe disseram ser “preferível” que ele ficasse nas Urgências, em vez de se deslocar diariamente desde a sua residência, em Mértola, a cerca de 30 quilómetros do Hospital, para efectuar os tratamentos de radioterapia de que precisava.
O Conselho de Administração vai ao encontro desta ideia, notando que a situação, embora inusitada, “contribuiu para facilitar os seus tratamentos e preparar a sua referenciação para a rede de cuidados paliativos”.
Os responsáveis do Hospital atestam ainda, citados pelo Público, que o doente efectuou “todos os exames” necessários e que esteve em constante observação, recebendo os tratamentos terapêuticos exigidos.
ZAP
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De Beja a Mértola são cerca de 30km e não 300km… E para evitar as deslocações bem podiam ter internado o doente, não?
Caro Zé,
Corrigido, obrigado pelo seu reparo.