Transferir pacientes entre hospitais e regiões, e suspender a atividade cirúrgica não prioritária deverão fazer parte da receita dos hospitais para garantir a resposta à covid-19.
A pandemia de covid-19 está cada vez mais a sobrecarregar os hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Nos próximos dias, mais doentes deverão ser transferidos entre hospitais e até mesmo regiões, já que a pandemia não está a afetar todos os hospitais da mesma forma.
“É natural que esse transporte de doentes entre hospitais e até entre regiões, que é um sinal da ‘bondade’ do sistema, possa aumentar. Logo, é preciso que a capacidade de transporte de doentes seja redimensionada para responder ao aumento da procura”, disse o presidente do Colégio de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos, Artur Paiva, ao jornal Público.
Além de já haver pacientes a serem transferidos para os hospitais privados, estão também previstos hospitais de campanha ou de retaguarda para evitar a rutura do SNS, avisou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
Artur Paiva recomenda ainda a suspensão das cirurgias não prioritárias para garantir a resposta à covid-19: “É absolutamente fundamental que seja diminuída, ou até suspensa, a atividade cirúrgica eletiva não prioritária, isto é, aquela em que o cidadão não vê o resultado clínico prejudicado pelo diferimento da intervenção, em favor da capacitação da medicina intensiva”.
Aliado a isso, o especialista sugere ainda que todas as administrações regionais de saúde (ARS) devem “subir o nível de resposta“.
O médico diz que o país “não está ainda na fase de achatamento da curva” e que, por isso, mais doentes covid vão continuar a chegar aos hospitais. Paralelamente à suspensão da atividade não prioritária, Artur Paiva salienta a necessidade de “mobilizar profissionais de outras áreas” para este serviço.
Coronavírus / Covid-19
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Carvalho… foram precisos 8 meses para se coordenarem…da-se
À falta de quem os coordene, já foi muito bom… lá teve que ser.