O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, revelou esta quarta-feira que vão ser entregues 55 ventiladores aos hospitais de São João e Santo António e também ao de Cascais, em Lisboa.
“Promovemos a aquisição de 50 ventiladores que virão de Shenzhen, na China, nos próximos dias, estamos a tratar naturalmente das questões logísticas de transporte, mas o procedimento contratual está feito”, afirmou Rui Moreira aos jornalistas à margem da visita ao centro de rastreio para a Covid-19 instalado no Queimódromo.
De acordo com o autarca, “esses ventiladores serão entregues a hospitais: 25 ao Hospital de São João, 20 ao Hospital de Santo António e cinco ao Hospital de Cascais, em articulação com o presidente da Câmara de Cascais”. O independente revelou ainda que “há mais cinco ventiladores que já foram adquiridos por uma empresa privada e que serão entregues ao Hospital de São João”.
Rui Moreira referiu que há uma empresa disponível para pagar os ventiladores, “se for preciso”. Segundo o presidente da autarquia, os equipamentos a entregar naquelas duas unidades de saúde do concelho representam “aquilo que foi apresentado pelos dois hospitais como as suas necessidades imediatas”, às quais a câmara está “a tentar prover”.
Doentes de risco separados de casos de Covid-19
Na conferência de imprensa desta quarta-feira, António Sales, secretário de Estado da Saúde, afirmou que os doentes considerados de risco – onde se inserem idosos, doentes oncológicos e crónicos – são uma das “grandes preocupação” do Ministério da Saúde.
“Vamos dar uma especial atenção a idosos, pessoas com doenças crónicas — onde se inserem diabéticos, hipertensos e outros —, doentes do foro oncológico, que normalmente são doentes imunodeprimidos. E vamos tentar, de uma forma muito articulada, separar doentes com Covid-19 nessas situações de imunossupressão de outros doentes que possam estar imunodeprimidos, para que não haja a possibilidade de serem contagiados.”
Segundo o Público, Graça Freitas já tinha adiantado na terça-feira que todos os doentes crónicos terão acesso à medicação no domicílio, evitando deslocações desnecessárias aos hospitais e centros de saúde e a um maior risco de exposição ao novo coronavírus.
ZAP // Lusa