A Holanda quer saber se os seus serviços secretos avisaram as companhias aéreas do perigo de sobrevoar a Ucrânia, envolvida num conflito com a Rússia, antes da queda do avião MH17 em julho, indicaram hoje as autoridades.
Responsáveis holandeses dirigem a investigação sobre o que levou ao despenhamento do Boeing 777 da Malaysia Airlines sobre a Ucrânia, matando as 295 pessoas a bordo, a maioria das quais de nacionalidade holandesa, bem como a razão pela qual foi dada àquela rota do voo indicação de caminho livre.
A comissão de segurança holandesa encarregada dos dois inquéritos pediu à Comissão de Supervisão dos Serviços de Segurança (CTIVD) para investigar que avaliação fizeram a Agência Nacional de Informações (AIVD) e o Serviço de Informações Militares das rotas aéreas sobre a Ucrânia antes do desastre de 17 de julho.
“Que informação tinham os dois serviços antes do despenhamento do MH17 sobre a situação da segurança no leste da Ucrânia e como é que partilharam essa informação com os parceiros da aviação relevantes? Quais foram as razões para o fazer/não o fazer”, escreveu a CTIVD na sua página da internet.
O voo MH17 de Amesterdão para Kuala Lumpur foi abatido sobre território do leste da Ucrânia controlado pelos separatistas pró-russos, que combatiam as forças de Kiev desde abril do ano passado.
A Ucrânia e o Ocidente acusam a Rússia de ter fornecido aos rebeldes um lança-mísseis terra-ar, mas a Rússia disse que um caça ucraniano foi responsável pelo despenhamento.
Outros três aviões comerciais voavam perto do voo da Malaysia Airlines – dois Boeings 777 e um Airbus 330 – quando este foi abatido, a uma altitude de cerca de 10.000 metros.
/Lusa