A ex-secretária de Estado já confirmou que conseguiu os apoios suficientes para ser nomeada candidata pelo Partido Democrata. Apesar disso, o seu rival recusa a derrota e vai continuar na luta.
Hillary Clinton já atingiu o número de delegados necessários para garantir a nomeação pelo Partido Democrata na corrida à Casa Branca marcada para novembro deste ano.
Foi a própria antiga secretária de Estado norte-americana quem o confirmou, perante os seus apoiantes em Nova Iorque, depois de saber que ganhou as primárias de terça-feira no estado de Nova Jersey.
Clinton afirmou que “pela primeira vez na história” dos Estados Unidos da América “uma mulher será nomeada por um grande partido” como candidata à Presidência.
Ainda na terça-feira, e antes da realização das primárias, diversos meios de comunicação social norte-americanos haviam já calculado que a ex-primeira-dama possuía os apoios necessários para ser nomeada.
Além de Nova Jersey, houve também primárias do Partido Democrata na Califórnia, Dakota do Sul e do Norte, Novo México e Montana.
Segundo as projeções, Clinton ganhou em Nova Jersey e Novo México. Já Bernie Sanders venceu na Dakota do Norte e ainda não existem projeções ou resultados definitivos na Califórnia, Dakota do Sul e Montana.
Depois de reivindicar a vitória nas primárias democratas deste ano, Hillary dirigiu-se ao seu rival nesta corrida interna, a quem deu os parabéns “pela sua extraordinária campanha”.
“O senador Sanders, a sua campanha e o vigoroso debate que tivemos (…) foram muito positivos para o Partido Democrata e para a América”, afirmou.
“Acreditamos que somos mais fortes juntos”, disse ainda, insistindo em que as eleições deste ano “não são sobre as mesmas velhas lutas entre democratas e republicanos”: “São sobre aquilo que somos como nação”, considerou.
Clinton deixou ainda críticas a Donald Trump, que deverá ser o candidato pelo Partido Republicano, considerando-o “temperamentalmente” desadequado para o cargo de Presidente dos Estados Unidos.
Sanders não desiste
Por seu lado, o senador recusou ter sido derrotado e prometeu ficar para a convenção democrata.
“Vamos lutar muito para ganhar as primárias de Washington”, disse aos seus apoiantes na Califórnia, referindo-se às derradeiras eleições primárias democratas da próxima terça-feira, prometendo levar depois a luta pela “justiça social, económica, racial e ambiental para Filadélfia”, onde vai ter lugar, de 23 a 25 de julho, a Convenção Nacional do Partido Democrata para formalmente designar o candidato que irá desafiar Trump.
“Eu sou muito bom a matemática e sei que a luta que temos pela frente é muito, muito difícil. Mas nós continuaremos a nossa batalha por cada voto e por cada delegado”, afirmou Sanders, que não deixou de felicitar Clinton pelas vitórias da noite.
Nada impede que Bernie Sanders permaneça tecnicamente na corrida, mesmo que se admita que a convenção vai resultar na investidura da sua rival. “A luta continua!”, concluiu o senador.
O próprio Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, felicitou Clinton pela sua vitória nas primárias do Partido Democrata.
“A sua histórica campanha inspirou milhões e é uma extensão da sua luta de vida pelas famílias e crianças da classe média”, afirmou Obama sobre a ex-secretária de Estado.
A Casa Branca anunciou ainda que o Presidente norte-americano vai receber Sanders na quinta-feira a pedido do senador.
ZAP / Lusa
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