A suspensão da actividade não urgente nos hospitais está a preocupar o presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), Vítor Gil, que alerta que pode agravar doenças já “muito graves”. Isto numa altura em que “há um grande aumento de mortes não-covid”.
A insuficiência cardíaca mata, em Portugal, cerca de 400 mil pessoas por ano. Considerada uma doença crónica, esta maleita cardiovascular pode-se controlar com vigilância regular e tratamentos.
Todavia, a pandemia e as consequências da elevada pressão sobre os hospitais que motivaram a suspensão da actividade não urgente, pode estar a agravar a situação de alguns pacientes com doença cardiovascular.
“O cancelamento ou a suspensão da actividade não urgente vai levar ao atraso de consultas e de exames de diagnóstico em situações que, por si só, são muito graves“, avisa Vítor Gil em declarações à SIC.
“Há um grande aumento de mortes não-covid, algumas delas naturalmente cardiovasculares, mas não temos ainda os dados para poder fazer essa análise”, considera ainda o presidente da SPC.
Vítor Gil aponta também que o acompanhamento regular destes casos é fundamental e destaca que “as equipas de cardiologia de intervenção continuam disponíveis 24 horas por dia” e que “as vias verdes continuam, por enquanto, abertas e mantidas”.
“Há circuitos independentes para tratar os doentes e, na fase aguda, eu diria que os doentes que sentem uma forte dor no peito ou falta de ar – os doentes com sintomas agudos fortes – devem pedir ajuda através do 112″, recomenda também.
Coronavírus / Covid-19
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Não estão a morrer simplesmente, estão a ser assassinados por falta de resposta do SNS.
São as consultas, exames auxiliares de diagnóstico, cirurgias e demais tratamentos que não se realizam, enfim, A FALTA DE ASSISTÊNCIA A QUE O GOVERNO CONDENOU OS UTENTES DO SNS NÃO COVID.
Bosta de SNS.