Há 16 mulheres e 27 menores com ligações a jihadistas portugueses

Esta quarta-feira, Helena Fazenda, secretária-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), falou na Comissão de Assuntos Constitucionais, no Parlamento, sobre o plano de ação para prevenção da radicalização, extremismos violentos e do recrutamento para o terrorismo.

De acordo com o semanário Expresso, a procuradora que lidera o Sistema de Segurança Interna (SSI), há registo de 14 jihadistas portugueses que combateram pelas forças do autodenominado Estado Islâmico (Daesh). Desses, onze morreram em combate e um encontra-se detido no Iraque.

Este último caso é, segundo o mesmo jornal, Nero Saraiva, considerado o jihadista português mais perigoso e que ocupou uma posição mais alta na hierarquia daquele grupo terrorista. Os outros jihadistas portugueses vivos estarão a ser acompanhados de perto pelas autoridades.

Helena Fazenda disse ainda que existem 16 mulheres de jihadistas portugueses com ligações ao território português que se encontram em campos de detenção na Síria, juntamente com 27 menores.

Foram ainda detetados dois casos de jihadistas que atuaram em território português, com vista ao recrutamento de cidadãos para se juntarem ao Daesh.

O Expresso nota que estes serão os marroquinos Abdesselam Tazi, condenado por terrorismo e morreu no início do ano passado na prisão de alta segurança de Monsanto, Hicham el Hanafi, condenado em França à pena máxima de 30 anos de prisão por preparação de ataques terroristas.

A audição foi feita à porta fechada a pedido da própria procuradora-geral adjunta por se tratar de matéria delicada e confidencial. O plano, aprovado no final de 2017, faz parte da Estratégia Nacional de Combate ao Terrorismo, que tem já seis anos.

Em fevereiro, o Diário de Notícias deu conta que pouco se sabia sobre a evolução do plano de prevenção do terrorismo ao fim de quatro anos de existência.