O Governo convocou as estruturas sindicais da administração pública para voltar a negociar a proposta dos aumentos salariais de 0,3% para este ano.
De acordo com a agência Lusa, o Governo convocou as estruturas sindicais da administração pública para negociar os salários no Estado no dia 10 de fevereiro. O documento define dois pontos de discussão: salários e protocolo negocial – Quadro Estratégico para a Administração Pública (2020-2023).
O anúncio foi feito pela ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, Alexandra Leitão, que está a ser ouvida no Parlamento, esta sexta-feira, a propósito da discussão do Orçamento do Estado para 2020 (OE2020) na especialidade.
“Estamos neste momento a convocar os sindicatos para uma nova ronda negocial cujo primeiro ponto é exatamente aumentos salariais”. Segundo a ministra, a reunião com os sindicatos “vai realizar-se em breve e aí, em primeira mão,” o Governo dirá aos sindicatos “o que é que vai ser acrescentado aos 0,3%”.
Leitão sublinhou que o Governo sempre disse que “tudo faria” para valorizar os funcionários públicos, “desde que não se pusessem em causa as contas públicas”.
“Os aumentos salariais de 0,3% não me envergonham porque representam uma retoma, uma valorização geral que não existia desde 2009″, afirmou ainda a governante, em resposta às críticas da deputada do PSD, Carla Barros.
Segundo o jornal Público, a social-democrata criticou o facto de o Governo prever uma inflação de 1% para este ano e dar aumentos abaixo desse valor. A ministra vincou, então, que o Governo se comprometeu a fazer um aumento salarial, em 2021, pelo menos igual à inflação de 2020.
No início, o Governo mostrou-se inflexível, mas aceitou agora aumentar os funcionários públicos em mais de 0,3%. Esta terça-feira, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) anunciou uma greve nacional, a 31 de janeiro, contra a proposta do OE2020, considerando-a “ofensiva” e “inaceitável”. Entretanto, outros sindicatos também se juntaram ao protesto.
A data desta reunião realiza-se quatro dias após a votação final global do Orçamento do Estado, que decorrerá a 6 de fevereiro.
ZAP // Lusa
para muitos do publico nem deveria haver aumento alem de trabalho, para quem só faz 35 horas por semana isso é de mais
Com o dinheiro dos outros também eu faço brilharetes, não esquecer que é com os impostos de todos nós que oferecem regalias imensas a alguns.
Depois, se o dinheiro não chegar… aumentam-se os impostos.
Aumentos com base na previsão da inflação do ano seguinte?
Que tal a reposição do poder de compra com base na real inflação do ano que passou?
Quando é que o privado vai deixar de ser castigado para alimentar o ego dos F.P.’s?
Pois ameaçam com greves, ganham o suficiente para não ter que trabalhar uns dias…
Se o privado é melhor, como dizem alguns políticos, porque razão os F.P.’s não mudam para o privado?
Coitadinhos dos F.P.’s…
Sr. José Raul, diz o Sr.: «oferecem regalias imensas a alguns». Penso que sei aonde o Sr. quer chegar. Só que se enganou. É que esses “alguns” não são funcionários públicos, mas sim políticos públicos. Esses sim têm regalias.
Esse estereótipo de o privado ser castigado para alimentar o ego dos F. P. pode revelar alguma insensatez. A questão não pode ser vista desse modo. Ou também é dos que acham que os F. P. deviam servir o País de graça?
Quanto aos F. M. se mudarem para o sector privado, isso é normal e vulgar. Ou pensa que não?