Há mais um sindicato a convocar greve nacional na função pública para dia 31

Rodrigo Antunes / Lusa

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado convocou uma greve nacional para 31 de janeiro. Está em causa a proposta de aumentos salariais de 0,3%.

A Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), da UGT, convocou, esta quinta, uma greve nacional da função pública para dia 31, convergindo com outras organizações sindicais contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%.

Em comunicado, a estrutura sindical anuncia que “decidiu convergir na ação com as restantes organizações sindicais da administração pública e decretar greve para o próximo dia 31 de janeiro”, lembrando que a estrutura sindical “abrange vários sindicatos desde enfermeiros, trabalhadores dos impostos e professores”.

“A Frente Sindical esperou até ao final da manhã de hoje, último dia previsto na lei para decretar a greve, na esperança que o Governo revisse a sua posição relativamente aos aumentos salariais” de 0,3% para 2020.

Para o STE, o Governo “pode e deve ir mais longe no que toca aos aumentos salariais para a administração pública”. “É, absolutamente inaceitável a aposta em baixos salários – e sabemos que os aumentos salariais para a administração pública são um ponto de referência para o setor privado”, sublinha a estrutura sindical da UGT.

Para o sindicato liderado por Helena Rodrigues, a proposta do executivo “não só empobrece o país como vê afastar as pessoas mais qualificadas para fora do país levando a curto prazo” a uma administração pública “pouco atrativa e desqualificada”.

“Ao STE e aos sindicatos que o acompanham nesta Frente Sindical não restou outra alternativa que não fosse a de decretar uma greve, que começará às 0:00 e terminará às 24 horas do dia 31 de janeiro”, remata a organização sindical.

A greve do STE coincide com o dia da manifestação nacional marcada, ainda em dezembro, pela estrutura da CGTP, a Frente Comum, para a qual foi emitido também um pré-aviso de greve para que os trabalhadores do Estado possam participar. Também a Federação dos Sindicatos da Administração Público (Fesap), da UGT, marcou esta semana uma greve nacional na função pública para dia 31 contra a proposta de aumentos salariais de 0,3% e exigindo outras medidas.

Dias antes, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), afeta à CGTP, agendou uma paralisação de professores e educadores para dia 31. Por seu turno, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) anunciou hoje uma greve nacional para o dia 31, para exigir o recomeço de negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho.

// Lusa

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