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Governo pretende aumentar salários mais baixos da função pública com medida de Ferreira Leite

Tiago Petinga / Lusa

António Costa e Mário Centeno

O Governo prepara-se para aumentar os salários mais baixos da função pública, medida que poderá beneficiar cerca de 35% dos trabalhadores do Estado.

Mário Centeno recuou. Ao que o Público apurou, o Governo já tem, em cima da mesas das negociações para o Orçamento do Estado para 2019, propostas concretas sobre aumentos para os trabalhadores da Administração Pública que têm níveis salariais mais baixos.

O ministro das Finanças chegou a dizer que não havia margem orçamental para que tal acontecesse. No entanto, Centeno já se mostrou disponível para negociar métodos e valores com os parceiros da geringonça.

Segundo o jornal, a medida que Centeno se prepara para abraçar é muito semelhante ao que foi feito em 2003 e 2004, cuja pasta das Finanças era assumida por Manuel Ferreira Leite. Nessa altura, foram apenas aumentados os trabalhadores estatais com salários até cerca dos mil euros.

Se, desta vez, o governo adotar uma postura semelhante, apenas serão abrangidos pelos aumentos 35% do total de trabalhadores das administrações públicas.

Segundo os dados publicados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, relativos a junho deste ano, estão em causa trabalhadores integrados nas carreiras de assistente técnico e de assistente operacional, bombeiros e polícias municipais que têm salários inferiores ou próximos de mil euros. Estas carreiras totalizam cerca de 241 mil trabalhadores, do total de 675.320.

O Público tentou questionar o Ministério das Finanças acerca deste assunto, mas fonte oficial respondeu que não iria comentar assuntos relacionados com o OE para 2019.

Esta sexta-feira, Mário Centeno vai marcar presença na reunião em sede de Concertação Social, em que o Governo e os parceiros sociais vão discutir as orientações políticas sobre o Orçamento do Estado do próximo ano.

A reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) foi convocada pelo ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e tem como ordem de trabalhos as “grandes orientações políticas sobre matéria orçamental”.

ZAP //

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