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Governo admite fechar estradas “se for necessário” (e não quer criatividade na fuga às regras)

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Nuno Veiga / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

Eduardo Cabrita apelou, esta terça-feira, à responsabilidade individual e frisou que a situação epidemiológica mundial “é muito grave”. A violação do recolher obrigatório constitui um crime de desobediência.

Após a reunião da estrutura de monitorização do estado de emergência, o Governo apelou aos portugueses para ficarem em casa, em vez de “refletirem de forma criativa sobre as circunstâncias excecionais em que se pode circular”. Isto porque os limites de circulação impostos deixam alguns buracos para que as pessoas possam, por exemplo, passar os dois próximos fins de semana fora sem que, no entanto, infrinjam as regras.

Segundo o Observador, Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, não excluiu a possibilidade de fechar estradas e linhas ferroviárias, a dois dias da revisão da lista dos concelhos de elevado risco de transmissão.

O governante apelou à responsabilidade individual, frisou que a situação epidemiológica mundial “é muito grave” e garantiu que as medidas de restrição têm como objetivo “diminuir significativamente o contágio”, pelo menos se forem cumpridas.

Cabrita lembrou que as forças de segurança podem mandar as pessoas de regresso ao domicílio e identificar situações em que os cidadãos cometem crime de desobediência. Além disso, frisou que ele próprio pode recorrer ao encerramento de rodovias e ferrovias, uma medida prevista no decreto do estado de emergência.

“É uma faculdade que se for necessário não deixará de ser usada”, disse o ministro, em declarações aos jornalistas, avisando que a fiscalização “extremamente ativa” dos dois últimos dias pode vir a ser “mais intensa durante o período do fim de semana do que no período noturno”.

Esta quinta-feira, o Conselho de Ministros vai reunir-se para reavaliar a lista dos concelhos de risco elevado. Eduardo Cabrita disse que embora possam sair municípios, também é certo que vão entrar alguns.

ZAP //

15 Comments

  1. Mas as escolas que são sem duvida o maior foco não se fecha!
    Não se compreende porque parece que se querem livrar dos professores a fazerem o que estão a fazer!

  2. O Governo está “à deriva”. Até chegar uma vacina, um anti-virus ou nova eleição presidencial, este governo toma medidas mas já não governa.

  3. AFINAL….
    AFINAL… António Costa mentiu, quando disse que os polícias se limitariam a acompanhar as pessoas até casa, se fossem encontradas na rua no recolher !
    É sempre assim, quando têm oportunidade de transformar qualquer lei numa forma de recolher dinheiro dos contribuintes para a despesa do estado.
    Corja de mentirosos !!!

  4. AFINAL….
    António Costa mentiu, quando disse que os polícias se limitariam a acompanhar as pessoas até casa, se fossem encontradas na rua no recolher !
    É sempre assim, quando têm oportunidade de transformar qualquer lei numa forma de recolher dinheiro dos contribuintes para a despesa do estado.
    Corja de mentirosos !!!

  5. Isto começa a ser uma ordem de manhã e outra à tarde, palhaçada autêntica, por que razão, por exemplo, os supermercados não abrem o dia todo de sábado e fecham ao domingo, não seria mais lógico e dava-se até a possibilidade de os funcionários dos mesmos poderem passar o dia de domingo em família.

    • Porque se reduzes os horários em que estão abertos, reduzes a necessidade de horas de trabalho e por conseguinte … a necessidade de funcionários.
      Se fechares um supermercado ao domingo, os empregados vão poder passar o dia em Família mas 10 a 13% deles a receber do fundo de desemprego, esses passam em casa o domingo, a segunda, a terça, etc …

  6. As atitudes do poder ao mais alto nível, ditadura pura, implantação de um estado de sítio, ou cumpres ou pagas e vais preso.
    O povo tem sido sereno e não se tem rebelado muito mas não me admiro que, ao esticarem a corda assim, isto venha a originar uma “guerra civil generalizada”, global, é que este fenómeno está a acontecer pelo mundo inteiro e o povo tem limites nas atrocidades que aguenta.
    É o que eu penso.

  7. Senhoras e senhores isto nao ta fácil para ninguem …. tanto eu como o meu marido estamos a receber metade do que era suposto ganharmos, passamos 8h praticamente de mascaras postas na cara , a desinfetar o nosso local de trabalho por cada cliente q passa por nos…. nao me estou a queixar pk ainda me considero uma sortuda por ainda ter o meu local de trabalho … estou a trabalhar desde p fim do confinamento ainda nao conheci ninguem q tivesse covid a nivel de clientes e familia… todos nos estamos expostos ao vírus todos nos um dia vamos apanhar o virus e eu sou do grupo de risco e vou todos os dias trabalhar….por isso senhores e senhoras da função publica e que no final do mes teem o ordenado por inteiro…. façam mas é o vosso trabalho … e parem de se queixar disto e daquilo…. os pais dos vossos alunos precisam de trabalhar senão nao teem comida para por na mesa.

    • Totalmente de acordo. Não se compreende como é que nesta fase os funcionários públicos não são solidários com o país e não abdicam de parte dos seus salários. No privado há quem já tenha sido despedido, quem esteja com cortes, quem ao abrigo do layoff tenha recebido menos, as empresas estão a endividar-se a cada dia que passa e tudo isto passa ao lado dos funcionários públicos.

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