Os fundos Revita angariados pelos portugueses para apoiar as vítimas do incêndio em Pedrógão Grande, em 2017, ainda não foram utilizados, denuncia a presidente da Associação das Vítimas de Pedrógão Grande.
A presidente da Associação das Vítimas de Pedrógão Grande disse à TSF que os fundos Revita angariados pelos portugueses ainda não foram utilizados. Dina Duarte entende que este dinheiro deveria estar a ser usado na prevenção em caso de um novo incêndio.
“Continuam na posse do fundo Revita e é interesse nosso que esse dinheiro seja aplicado em coisas tão simples como mochilas de emergência, kits para as aldeias poderem combater os incêndios”, disse Dina Duarte em declarações à rádio. O corte das árvores também é algo fundamental que ainda não está nas melhores condições.
“Algumas das árvores continuam de pé e são esqueletos que lembram aquele dia”, atira Dina Duarte. Enquanto isso, a reflorestação vai sendo feita aos poucos, embora não com a biodiversidade que a sua associação defende.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, anunciou que a bandeira do parlamento vai estar hoje a meia-haste em memória das vítimas dos incêndios florestais de há três anos em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria.
A 17 de junho de 2017, deflagrou em Pedrógão Grande um incêndio florestal, que depois alastrou aos municípios vizinhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião, Sertã, Pampilhosa da Serra e Penela, que fez 66 mortos e 254 feridos.
Na sua mensagem, Ferro Rodrigues salienta que hoje se assinala o Dia Nacional em Memória das Vítimas dos Incêndios Florestais, instituído por resolução do parlamento, e que a bandeira da Assembleia da República encontra-se a meia-haste.
“Foi para nos lembrar que uma tragédia como aquela que se verificou em 17 de junho de 2017 não mais se poderá repetir que a Assembleia da República, órgão de soberania representativo de todas e de todos os portugueses, decidiu, de forma unânime, consagrar este dia à evocação da memória dos homens, das mulheres e das crianças que perderam a vida em 2017, mas, igualmente, de todas e de todos quantos, ao longo da nossa história, sucumbiram ao flagelo dos incêndios florestais em Portugal”, afirma Ferro Rodrigues.
O presidente da Assembleia da República considera depois que 17 de junho de 2017 “ficará na história como o dia em que deflagrou aquele que foi o incêndio florestal mais mortífero de sempre em Portugal”.
“Uma tragédia – cuja dimensão não encontra paralelo na nossa história recente – que o parlamento, desde o primeiro momento, procurou compreender, em todos os seus contornos, obtendo, de forma isenta e credível, os esclarecimentos possíveis. Foi assim com o funcionamento de comissões técnicas independentes, é assim com o funcionamento de uma Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar, que, a seu tempo, obterá as suas conclusões”, aponta.
Na sua mensagem, o presidente da Assembleia da República deixa ainda mais uma nota sobre as vítimas dos incêndios de há três anos: “Homenagear aquelas e aqueles que vimos partir em 2017 é, sobretudo, garantir que não voltamos a assistir a uma tragédia com esta dimensão”.
ZAP // Lusa
Incêndio em Pedrógão Grande
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Devem estar a espera para quando o novo banco e a tap precisarem!
Revita? Arrebita é o que os Portugueses tem que fazer. Fundos??? Vai, vai!
Sr. Presidente da Assembleia da República, devemos de facto homenagear os mortos de tão trágico acontecimento. Mas os vivos? Aqueles que quase deram a vida para que a tragédia não fosse maior, esquecemo-los? Aquele bombeiro de Castanheira de Pera, Rosinha, a quem a família pediu encarecidamente que não os deixasse para ir para aquele inferno, mas que pôs o dever acima do amor aos seus, está numa situação deplorável, após ter sido sujeito a sucessivas intervenções cirúrgicas, a usufruir de uma miserável subvenção!! Este homem deveria ter sido condecorado pelo mesmo estado que condecorou, escandalosamente, o costureiro da Dra. Maria Cavaco Silva! Para terminar não posso deixar de referir a desigualdade com que são tratados cidadãos do mesmo estado. Estou a lembrar-me de que Sérgio Monteiro, para vender mal o Novo Banco, foi pago a peso de ouro. Não era este por certo o país que nós queríamos depois do 25 de Abril!!
Sr. Primeiro Ministro, temos aqui a regionalização no seu melhor!! Vimos, em Pedrogão, armazéns a abarrotar de produtos doados a deteriorarem-se, quando a população se encontrava tão carente, perante a inépcia dos responsáveis. Agora, são os fundos angariados pelos portugueses que ainda não foram utilizados, passados que são dois anos sobre a tragédia!! Mas a quem são pedidas responsabilidades, sr. primeiro ministro, por toda esta incompetência e falta de solidariedade?? Quando defende a regionalização é a este tipo de gente que nos quer entregar? Razão tem o Presidente da República em desconfiar de tais intenções! O que se está a passar com o tratamento dado a tão trágico acontecimento não tem classificação!!A Gulbenkian, e muito bem está a exigir uma indemnização pelos donativos que fez e não foram aplicados!!
De tudo o que já vimos e ouvimos falar e não têm sido boas provas, só comprova que uma vez mais o interior caiu no esquecimento, muito mais grave ainda perante uma tragédia desta natureza, hoje as televisões e políticos uma vez mais com ar de paternalismo trouxeram o assunto à baila, no entanto tudo irá ficar na mesma ou pior ainda, melhor que todo este palavreado de políticos, seria intervir a fundo nestas regiões com ordenamento do território feito a sério e por gente competente, recuperar todas as casas dos afectados e não as dos amigos de família ou partido, encaminhar todos os donativos para os necessitados sem desvios de trajectória. Haja vergonha e patriotismo que parece estarem em vias de extinção.
Portugal tem que deixar de se comportar como um país da América Latina onde, para os poderosos, reina a impunidade.
Neste caso, dada a extensão daquela calamidade, os responsáveis devem ser EXEMPLARMENTE PUNIDOS!
Estes fundos deveriam ser aplicados de facto na prevenção de novos incêndios, já que a floresta é a mesma uma vez que os eucaliptos estão todos a rebentar e prontos a arder dentro de pouco tempo.É quase impossível
acabar com esta terrível praga! O que há a fazer é tentar proteger-se o mais possível. Seria importante que as aldeias mais expostas a esta calamidade tivessem todas um tanque grande e kits de mangueiras, com tamanho e diâmetro adequados para não voltarmos a ver as pobres das pessoas a combater as chamas com simples baldes de água. Sabemos que muitos se salvaram metendo-se nos seus tanques. Porque esperam as entidades responsáveis para fazer qualquer coisa com os fundos acumulados, há já três anos? Depois de casa roubada trancas à porta!!