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Funcionária condenada por viciar contratos públicos foi promovida

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Condenada no âmbito de um esquema de viciação de contratos públicos, uma técnica superior do Estado não só escapou a um processo disciplinar, como acabou promovida, apenas 3 meses depois de lhe ter sido aplicada uma pena suspensa de 2 anos e 3 meses de prisão.

Segundo revela este sábado o jornal Expresso, Luísa Sá Gomes foi nomeada directora de serviços no Ministério da Agricultura, após ter sido condenada, em Abril de 2018, no âmbito de um “esquema de favores” no Ministério da Administração Interna.

A funcionária foi condenada por ter ajudado o então director-geral de Infraestruturas e Equipamentos do Ministério da Administração Interna, João Alberto Correia, num esquema de viciação de contratos públicos.

Luísa Sá Gomes foi condenada por dois crimes de abuso de poder, um crime de participação económica em negócio e um crime de falsificação de documento, apanhando uma pena suspensa de dois anos e três meses de prisão, realça o Expresso.

Todavia, apesar dessa condenação, o MAI não lhe abriu qualquer processo disciplinar e a funcionária acabou por ser promovida, três meses mais tarde, a directora de serviços no Ministério da Agricultura. A promoção é justificada com a sua “reconhecida experiência” e “competência técnica e aptidão”.

João Alberto Correia foi condenado pelos crimes de participação económica em negócio e falsificação a uma pena de sete anos de prisão.

Entre 2011 e 2014, o ex-director de Infraestruturas e Equipamentos do MAI terá viciado contratos públicos para obras na PSP, na GNR e na Protecção Civil, entre outros organismos públicos, de modo a garantir a sua entrega a empresas de amigos.

ZAP //

11 Comments

  1. Com raio, a lista de criminosos que a governação e os partidos têm parido não pára de crescer e no entanto… ainda são promovidos, isto é, compensados e “branqueados” pelos e nos delitos cometidos. Foi assim com o vara, que já com processos às costas e depois de ter deixado a CGD foi promovido dentro desta ao escalão máximo de vencimento; foi assim com tantos outros e é agora com esta mulherzinha. Mas isto é um país ou uma quadrilha organizada?

  2. Portugal no seu melhor… E quem paga tudo isto? Os desgraçados dos pensionistas e reformados; os desgraçados dos desempregados; os desgraçados dos trabalhadores com salários de miséria e, de um modo geral, os contribuintes que não podem fugir à sanha saqueadora do estado-ladrão…

  3. Além do escândalo que isto representa em termos de atropelo à lei, à justiça e à mera decência… Venham-me depois com conversas de que as mulheres são desfavorecidas e não têm o mesmo acesso a cargos de chefia. É uma sociedade “machista”… Um verdadeiro “patriarcado”. Eu nuca vi uma sociedade e um sistema judicial que favorecesse tanto as gajas.

    • Eu tinha uma colega no trabalho que dizia que elas as mulheres tinham 75% por cento de possibilidades de serem promovidas, enquanto os homens só possuíam 50%, que era por via do mérito e/ou antiguidade, enquanto elas possuíam uma terceira via.

  4. Mais uma das muitas penas suspensas. Então se são condenados não cumprem a pena??????? Juizes de M… ou comprados, tipo Rangel.

  5. A pouca vergonhada dos nossos políticos.
    Como é isto possível num país de direito…
    Sejam punidos os criminosos que promovem e apadrinham estes corruptos.
    Tanta gente séria a precisar de trabalho e premiamos edta chusma…

  6. Coisas a reter desta noticia: se fizermos coisas ilicitas, o processo disciplina, é subir na carreira.. isso é complicado, pois ao mudar responsabilidades, torna-se stressante. E pagamo o crime, com o stress

  7. Caros amigos,
    Acho que não leram bem a notícia.
    “A promoção é justificada com a sua “reconhecida experiência” e “competência técnica e aptidão”.
    Cá está, reconhecida experiência e aptidão em falcatruas, vigarices, etc. Está no meio deles.
    Por acaso não será esposa, irmã, filha, etc. de algum “senhor”?

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