O presidente da Câmara do Funchal escreveu uma carta a Boris Johnson, na qual realça “alguns argumentos fortes” a favor da Madeira como destino de férias para os cidadãos do Reino Unido.
O presidente da Câmara do Funchal, Miguel Gouveia, endereçou uma carta ao primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na qual realça “alguns argumentos fortes” a favor da Madeira como destino de férias para os cidadãos do Reino Unido.
Na missiva, enviada por e-mail e divulgada esta segunda-feira, o autarca sublinha que a região autónoma tomou “todas as medidas necessárias” para garantir aos turistas umas “férias seguras”, enquanto desfrutam de um “clima temperado”, bem como das “maravilhas da natureza e hospitalidade calorosa” dos madeirenses.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico deixou de desaconselhar as viagens para a Madeira e Açores, juntamente com uma série de outros países, mas continua a advertir contra as visitas a Portugal continental devido à atual situação pandémica. No entanto, permanecem dúvidas sobre a eventual obrigatoriedade de os cidadãos britânicos terem de cumprir quarentena no regresso ao seu país.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal, eleito pela coligação Confiança (PS/BE/PRD/Nós, Cidadãos!), sublinha que a Madeira é um dos lugares “mais seguros do mundo” para visitar este verão, tendo registado até à data apenas 93 casos de covid-19.
Miguel Gouveia refere também que o arquipélago é considerado um dos “destinos mais seguros a visitar na Europa” e implementou um protocolo ‘Clean & Safe‘ para os seus restaurantes, alojamentos e lojas.
O autarca salienta que a região montou uma operação de rastreio a todos os passageiros que desembarcam nos aeroportos da Madeira e Porto Santo, com a obrigatoriedade de apresentar um teste negativo para covid-19 realizado até 72 horas antes do início da viagem ou, então, a efetuá-lo à chegada.
“A Madeira foi eleita melhor destino insular da Europa no ano passado”, reforça Miguel Gouveia, indicando, por outro lado, que o Funchal é a cidade “com melhor reputação hoteleira” e que o arquipélago é um “destino favorito de longa data” para os cidadãos britânicos.
O Reino Unido é um dos principais mercados emissores de turistas para a Madeira, juntamente com a Alemanha.
“Eles merecem melhor.” Escritor inglês critica Londres
Peter Taylor, escritor e ex-jornalista que vive entre Inglaterra e Portugal, escreveu uma mensagem na qual critica o Reino Unido por ter deixado Portugal de fora dos corredores turísticos, que isentam os viajantes de ter que cumprir uma quarentena de 15 dias.
“Eles merecem melhor“, escreveu Peter Taylor no Facebook, depois de na sexta-feira ter contado apenas 20 pessoas no seu voo de Faro para Newscastle-on-Tyne, em Inglaterra.
Dizendo que o turismo é importante para Portugal, alega que o país “precisa destes aviões cheios novamente” e que a atitude do governo britânico é confusa.
Na mesma mensagem, o escritor conta que esteve em Portugal desde fevereiro e que a forma como o país lidou com o novo coronavírus foi “muito mais rápida e mais coordenada” do que o Reino Unido e que “ainda é”, afirmando que se a atitude de Portugal tivesse sido adotada no Reino Unido, “as mortes podiam estar abaixo dos 20 mil e não a caminho das 50 mil como estão” (ainda estão abaixo das 45 mil).
“Os portugueses sentem que foram tratados de forma injusta. Eles são os nossos mais antigos aliados, desde 1386, e são sempre simpáticos e hospitaleiros para com os britânicos”, escreveuo. “Eles merecem melhor. A quarentena não se devia aplicar a Portugal. Devíamos poder nos acumular lá, sem preocupações, assim como as pessoas vão a França ou Espanha.”
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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