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Nova variante do Reino Unido já chegou a Espanha, França e Japão

A nova variante do SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, que apareceu no Reino Unido, já chegou a Espanha, França e Japão.

As autoridades do Japão anunciaram esta sexta-feira que detetaram pela primeira vez vários casos da nova variante do SARS-CoV-2, em viajantes que chegaram ao país provenientes do Reino Unido.

A informação é da ministra japonesa da Saúde, Norihisa Tamura, que avançou que foram detetados cinco casos da nova variante do coronavírus quando os passageiros passaram pelos serviços de controlo em dois aeroportos japoneses, entre os dias 18 e 21 de dezembro.

De acordo com Norihisa Tamura, os cinco infetados estão atualmente em isolamento, sendo que apenas um apresenta sintomas da doença

A governante detalhou, em conferência de imprensa, que dois dos casos apareceram nas análises que fizeram aos passageiros do aeroporto de Haneda, em Tóquio, no dia 21 de dezembro, e os outros três em Kansai, na província de Osaka, no dia 18.

Os cinco passageiros apresentaram testes positivos para a covid-19 na chegada ao Japão e os testes subsequentes confirmaram que eram portadores da nova variante.

A ministra não avançou pormenores sobre a identidade ou nacionalidade dos infetados com a nova variante do coronavírus, aparentemente muito mais contagiosa do que a que surgiu no final do ano passado na cidade chinesa de Wuhan.

O Japão proibiu a chegada de estrangeiros do Reino Unido desde quinta-feira, mas aquela restrição não afeta os japoneses provenientes daquele país, nem residentes estrangeiros no Japão.

O Ministério da Saúde de França também anunciou ter registado o primeiro caso de infeção com a nova variante do vírus da covid-19 que apareceu no Reino Unido.

Segundo as autoridades de saúde francesas, citadas pela agência AFP, o caso foi detetado na cidade de Tours (centro de França) num cidadão francês que reside no Reino Unido e que se encontra assintomático e isolado em casa.

O Ministério da Saúde adianta ainda que este cidadão chegou de Londres no dia 19 dezembro e que após realização de um teste, no dia 21, testou positivo, sendo o primeiro caso de infeção com a variante “VOC 202012/01” do vírus covid-19 detetado em França. Segundo a mesma fonte, esta informação foi confirmada pelo Centro Nacional de Referência dos Vírus de Infeção Respiratória (NRC).

“As autoridades de saúde realizaram rastreios de contacto aos profissionais de saúde que atenderam este paciente e aos contactos mais próximos para levar a cabo o seu isolamento profilático”, refere o Ministério da Saúde francês.

A mesma fonte acrescenta que, além deste caso, estão a ser analisadas nos laboratórios outras amostras positivas suspeitas de serem a variante do “VOC 202012/01”.

A Direção-Geral de Saúde Pública de Madrid, em Espanha, também confirmou esta sábado a existência de quatro casos confirmados de infeção com a nova variante britânica.

Os quatro casos confirmados de infeção da nova variante do vírus foram detetados em quatro cidadãos que viajaram do Reino Unido para Espanha. Segundo as autoridades espanholas, há ainda outros três casos suspeitos nos quais o genoma do vírus está a ser sequenciado.

Casos semelhantes a este já foram detetados na Alemanha, numa mulher que chegou de avião proveniente do Reino Unido, e no Líbano, também num passageiro proveniente daquele país europeu.

Mais de 50 países impuseram restrições relativamente às viagens para o Reino Unido. Na sexta-feira, Angola tornou-se o mais recente país a suspender as ligações aéreas, terrestres e marítimas com a África do Sul, Austrália, Nigéria e Reino Unido, a partir das 0h de 26 de dezembro de 2020.

Além disso, a proibição da ligação do Canal da Mancha para a Europa já provocou problemas no porto de Dover e gerou receios de, em breve, haver escassez de alimentos nos supermercados do Reino Unido devido à suspensão das cadeias de abastecimento.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.743.187 mortos resultantes de mais de 79,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

ZAP // Lusa

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