A Força de Defesa Nacional da África do Sul não está preparada para combater uma pandemia silenciosa como a da covid-19. Este “inimigo invisível” veio trazer à tona as fragilidades do país.
As Forças Armadas da África do Sul foram treinadas para salvar vidas, protegendo o país contra os inimigos físicos externos. Esta incompatibilidade entre a política e a prática da Defesa é um dos principais problemas da Força de Defesa Nacional, que peca no combate a este tipo de inimigos invisíveis e silenciosos.
Num artigo assinado no The Conversation, Craig Bailie, professor de Ciência Política na Universidade Stellenbosch, na África do Sul, explica que as Forças Armadas sul-africanas não estão à altura da tarefa de combater a covid-19 devido à natureza democrática das relações civil-militares.
A responsabilidade de preparar qualquer Exército para combater uma ameaça de segurança não convencional numa democracia constitucional cabe, em última instância, aos líderes políticos e militares do país.
Segundo o autor do artigo, “nos últimos 26 anos, os líderes falharam em preparar os militares para papéis secundários, como missões de paz, e ainda mais para combater um vírus”.
A educação é outra ferramenta útil na transformação de uma cultura organizacional, para que uma organização esteja melhor preparada para desempenhar o seu papel em tempos de grande aflição. Neste parâmetro, a África do Sul também falhou.
Os relatórios sobre a conduta dos soldados sul-africanos em missões de paz, antes e durante a pandemia de covid-19, apontam para o fracasso do programa de Educação Cívica das Forças Armadas, nomeadamente em incutir o respeito pelos direitos humanos e pela dignidade.
Para Bailie, nos últimos 26 anos, a educação e o treino dos soldados da África do Sul não os preparou adequadamente para papéis secundários, como a manutenção da paz ou o combate a novas e inesperadas ameaças à segurança, como o novo coronavírus.
No entanto, o professor também destaca que os soldados só podem ser bem preparados se possuírem os recursos necessários, e a verdade é que, ao longo dos anos, o orçamento militar sofreu vários cortes.
Apesar de todos os entraves, nenhum Exército militar estava totalmente preparado para gerir uma pandemia que, sorrateiramente, assolou todo o mundo. Ainda assim, Craig Bailie considera que, “se os líderes políticos e militares sul-africanos tivessem feito um melhor trabalho na administração dos recursos militares do país nos últimos 26 anos, a África do Sul estaria mais bem preparada para o desafio”.
Coronavírus / Covid-19
-
20 Outubro, 2024 Descobertas mais provas de que a COVID longa é uma lesão cerebral
-
6 Outubro, 2024 A COVID-19 pode proteger-nos… da gripe
Pois não, de facto parece que o gajo não morre a tiro, os americanos parece que também logo que começaram a ouvir falar do bicho fizeram uma corrida ás armas para aumentar ainda mais o seu arsenal privado, mas pelos vistos logo caíram na realidade ao verem tantos mortos e não conseguirem abater o inimigo.
vais mesmo de mal a pior, dasssss!