A horas do país entrar num novo confinamento geral, o primeiro-ministro, António Costa, deu uma entrevista à TVI na qual defendeu que o Governo fez todos os possíveis para evitar as novas medidas restritivas.
Há meses, António Costa disse que Portugal não aguentaria um segundo confinamento. Confrontado sobre se falhou em evitá-lo, o primeiro-ministro não assumiu falhas e disse que o Governo, assim como todos os portugueses, fez tudo o que pôde.
“Fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para evitar chegar a esse ponto. Quando outros países tiveram confinamentos em setembro e outubro, conseguimos resistir. Conseguimos durante muitas semanas controlar aquela segunda onda através dos confinamentos, sobretudo ao fim de semana”, afirmou, em entrevista à TVI.
“Fizemos tudo para não chegar aqui, mas infelizmente chegámos.”
Ainda assim, o governante salientou que, hoje, “o ambiente geral é de menor receio do que aquele que tínhamos no início da pandemia, o que determina muitos dos comportamentos”. Em relação ao período de Natal e Ano Novo, Costa referiu que “o facto de não termos tido medidas mais restritivas seguramente fez com com que as pessoas tivessem comportamentos menos restritivos”.
“É difícil voltar atrás”, disse, não indicando se mudaria alguma coisa quanto às medidas impostas nesse período. “O princípio fundamental, e gerou aliás um grande consenso na sociedade portuguesa nessa altura, é que devíamos combinar a responsabilidade individual com a solidariedade coletiva”, explicou.
Em última análise, o Governo é sempre o responsável, referiu o primeiro-ministro, salientando, porém, que o problema tem um cariz coletivo. Agora, e sem definir metas ou prazos, o objetivo é “quebrar radicalmente” a curva de crescimento da pandemia.
“Seria muito imprudente criar a ilusão aos portugueses que em menos de um mês conseguimos voltar ao ponto em que estávamos antes destas medidas”, explicou. “O custo para o país deste confinamento vai ser enorme.”
Escolas abertas: são um local “seguro”
Na mesma entrevista, António Costa referiu que são as faixas etárias entre os 20 e os 29 anos os responsáveis pelo crescimento de novos casos e voltou a defender a ideia de que as escolas são um local seguro.
“A interrupção do ensino presencial teve um custo imenso no processo de aprendizagem. Não podemos destruir uma geração e afetá-la dois anos letivos consecutivos no seu processo de aprendizagem. Quando a covid-19 passar, há um país para continuar e uma vida para continuar”, justificou.
Sobre as opiniões contraditórias respondeu: “Há especialistas para todos os gostos“.
O governante reforçou ainda o trabalho feito pelos estabelecimentos de ensino em todo o país, afirmando que “não foi obra do acaso o ensino presencial ter decorrido com tão poucos casos”. “É fruto do trabalho das escolas. É por isso que podemos manter as escolas abertas com confiança.”
Apesar disso, António Costa admitiu que poderá recuar na decisão de manter as escolas abertas. “Eu sempre disse que não tinha vergonha de recuar”, lembrou.
Sobre a possibilidade de avançar para a vacinação de professores, uma vez que as escolas continuarão abertas, respondeu que são “os técnicos” e especialistas que têm de estabelecer esses critérios.
“Queremos pôr a bazuca europeia a disparar”
Na entrevista, Costa deixou um elogio ao “esforço das empresas”. Consciente de que os apoios estatais não chegarão para mitigar todas as ondas de choque, António Costa diz-se preparado para enfrentar o pós-pandemia “não com tranquilidade, mas com confiança”.
“Vai ser um trabalho de recuperação longo. É uma crise muito dura e em que todo o esforço tem de continuar a concentrar-se no triplo objetivo: proteger o rendimento, o emprego e as empresas”, afirmou.
“Um dos grandes objetivos da presidência portuguesa é conseguir por, neste semestre, a célebre bazuca a disparar. Ou seja, o dinheiro a chegar aos estados membros”, salientou, sublinhando que, mesmo que tal seja possível, os resultados demorarão.
“Antes de 2022 não regressamos ao ponto em que estávamos em 2019”, salientou.
Governo não tem “bloqueios ideológicos”
Questionado sobre se o Governo pondera proceder à requisição civil de meios privados da saúde, Costa referiu que, “ainda hoje, durante toda a tarde, o Ministério da Saúde esteve reunido com os três grandes grupos privados da cidade de Lisboa – isto, porque no Norte e no Centro a questão está resolvida e os acordos têm funcionado muito bem”.
“Em Lisboa, dos grupos privados, houve um, que foi o grupo CUF, que disponibilizou de imediato 20 camas, mais 20 para a semana e mais 20 na outra a seguir”, adiantou. Os outros dois grupos privados, “infelizmente não estão em condições para disponibilizar ainda camas”.
“Portanto, não vale a pena estarmos aqui neste jogo. Há uma coisa que é preciso ter clara: não há aqui nem bloqueios ideológicos nem má vontade de uns nem má vontade de outros”, garantiu, salientando que, mesmo que legalmente seja possível, “não chegámos ao momento em que precisamos da requisição para resolver os problemas”.
“Mais importante que o aumento das camas é o esforço que todos temos de fazer para nos proteger. Se não o fizermos, não há camas no mundo que cheguem”, rematou.
Este deve quer ser recordado como o pior primeiro ministro de Portugal…. Ganhando ao cavaco, Durão, Sócrates e Coelho
Se tivéssemos fechado o país há um mês, impedindo as deslocações do vírus pelos presépios do país, não estariamos, agora, com os hospitais à beira do colapso! O sr. Primeiro Ministro deveria ter tido noção disso para não afirmar que fez tudo o que estava ao seu alcance para evitar o confinamento!!
Não, as escolas abertas não são um lugar seguro. O vírus transmite-se nos/pelos grupos de jovens, que vão para as suas respetivas casas infetar os avós, pais, tios ou primos… e o que faz o Governo, nada?
Com 700 casos, em março/abril de 2020, o parvalhão do Costa fechou as escolas.
Com quase 11000 casos, em janeiro de 2021, este inconsciente não as quer fechar, e já só pensa na recuperação económica! E a recuperação psicológica, e física? É lixo??!!
Relembro quem só quer saber de Finanças: não há finanças, sem uma vida com saúde.
Porém, este miserável governo só quer “IVA, IVA, IVA, de taxas e de fundos daqui e de acolá”, e o setor da saúde é penalizado. Enfim… é por isto que acho ridícula a afirmação deste palerma de esquerda: não, NÃO FIZERAM tudo o que estava ao alcance da sua consciência, porque as medidas no Natal foram o que foram!
RUA, VIGARICE! Vem, VENTURA!
Não. Não fizeram.