Helsínquia anunciou hoje uma diminuição do número de países cujos habitantes podem entrar sem restrições na Finlândia, devido ao agravamento da epidemia de covid-19. Portugal continua na lista dos indesejados.
A partir de segunda-feira, apenas os turistas de 13 países em todo o mundo poderão viajar para a Finlândia sem ter de cumprir quarentena.
A designada “lista verde” finlandesa integra os países onde foram detetados um máximo de 25 novos contágios por cada 100 mil habitantes e até agora incluía cerca de 20 Estados, como a Alemanha, um dos que agora ficou de fora.
Os 13 países com “livre-trânsito” são, na Europa, o Chipre, Letónia, Lituânia, Liechtenstein, Polónia e San Marino, e, fora do continente europeu, a Austrália, Coreia do Sul, Japão, Nova Zelândia, Ruanda, Tailândia e Uruguai.
O governo finlandês aconselha ainda a população a não viajar para nenhum dos países fora da “lista verde”. Segundo o executivo, a lista será atualizada semanalmente em função da evolução epidemiológica nos vários países até 23 de novembro. Depois as regras deverão mudar para os turistas dos países da União Europeia e do espaço Schengen, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
O índice de contágio na Finlândia continua a ser um dos mais baixos da Europa, com apenas 16 infetados por cada 100 mil habitantes, apesar de ter subido nas últimas semanas.
A Finlândia registou até agora 9379 casos do novo coronavírus e 343 mortos, valores que contrastam bastante com os dos restantes países da Europa.
Ainda assim o país está a tomar várias medidas para tentar que não haja um aumento drástico de infeções dentro da sua população. De modo a controlar e detetar de forma rápida e eficaz o coronavírus, o aeroporto de Helsínquia, quer usar cães.
A equipa tem atualmente 15 cães e 10 instrutores. Para já só 4 estão preparados para entrar em ação, os outros estão a receber treinos patrocinados por uma clínica veterinária privada. Entre os cães da equipa está Kossi, um cão de resgate espanhol, que já trabalhou na deteção de cancros e que agora pode ajudar a detetar casos de infeção por coronavírus.
Nesta fase, a participação dos viajantes é totalmente voluntária, só têm de esfregar um toalhete no pescoço e entregá-lo aos responsáveis. Não há qualquer contacto entre os passageiros e os cães, diz a TSF.
Cada toalhete recolhido é colocado num recipiente. O cão cheira a amostra e, se indicar a presença do vírus, a pessoa é convidada a fazer um teste para ver qual é o grau de fiabilidade deste método. Em 10 segundos, os cães conseguem dar um resultado.
Os cães, que vieram de todo o país, têm várias formas de indicar uma amostra positiva. Alguns deitam-se em frente ao recipiente e outros apontam com a pata.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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