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Os momentos finais do ARA San Juan não foram milissegundos, mas horas

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(dv) Armada Argentina / EFE / EPA

Submarino ARA San Juan da Armada Argentina

A comissão oficial que investiga o desaparecimento do submarino argentino concluiu que  a nave apresentou uma série de problemas durante um longo período de tempo.

O relatório da comissão oficial que investigou o desaparecimento do submarino argentino ARA San Juan, integrada pelos contra-almirantes Adolfo Trama e Alexandre Kenny e o capitão Jorge Bergallo – pai de um dos tripulantes desaparecidos -, foi dado a conhecer aos meios de comunicação na quarta-feira.

Os três especialistas designados pelo Minstério da Defesa do país sul-americano concluem que os momentos finais da nave foram marcados por uma série de acontecimentos ao longo de várias horas. Desta forma, desmentem a hipótese inicial, segundo a qual uma explosão teria acabado com o submarino em 40 milissegundos.

Segundo o diário La Nación, os membros da comissão chegaram a esta conclusão depois de analisar outros casos semelhantes ocorridos antes, dialogar com os responsáveis pela reparação do submarino, assim como com outros especialistas internacionais e com a Organização do Tratado de Proibição de Ensaios Nucleares, a que detetou a “anomalia hidroacústica” a 15 de novembro, o último dia que teve contacto com o ARA San Juan.

Nova teoria

Os especialistas aclararam que a possibilidade de comprovar definitivamente a sua hipótese só seria possível se se encontrasse o submarino ou os seus restos. No entanto, deram explicações sobre o que consideram ter acontecido, revela a RT.

Em primeiro lugar, teria sido declarado um incêndio na proa, concretamente no tanque de baterias, quando entrou água através do snorkel. Esta situação obrigou o ARA San Juan a sair à superfície durante uma tempestade na noite de 14 de novembro. O processo para parar o fumo e hidrogénio pode ter-se prolongado durante horas num contexto complicado devido às condições climatéricas.

Uma vez solucionado (parcialmente) o problema, a nave voltou a submergir para alcançar a base naval do Mar de Prata e ali continuar com as reparações. No entanto, nesse momento pode ter-se desencadeado um novo incêndio.

Isto terá feito com que a tripulação perdesse o controlo da nave, que se teria afundado no fundo do mar. Nesse contexto, ter-se-ia produzido a explosão detetada por vários sensores internacionais que, para os especialistas do Ministério da Defesa, se tratou de uma implosão provocada pela pressão da água a tanta profundidade.

Opções descartadas

Neste sentido, as teorias que falavam de falhas prévias ou da possibilidade de tivesse sido abatido por outra embarcação que estivesse à superfície foram descartadas.

Assim, foi também descartada a ideia de que o submarino poderia ter sofrido um ataque com torpedos, já que o registo da explosão não coincide com esse tipo de ações.

Ao analisar as coordenadas que a tripulação foi dando, os especialistas puseram de parte a possibilidade de que o submarino tivesse navegado para perto das ilhas Malvinas.

ZAP //

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2 Comments

  1. Já alguém contactou o especialista de submarinos português ? Decerto o Paulo Portas deverá ter ideias sobre o desaparecimento…

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