Graça Freitas admite fim do isolamento para casos assintomáticos

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Manuel De Almeida / Lusa

Graça Freitas disse que, “se tudo correr bem”, há um conjunto de medidas que podem ser aligeiradas, nomeadamente o possível fim do período de isolamento para assintomáticos.

Em entrevista à CNN Portugal, a diretora-geral da Saúde admitiu o fim do isolamento para casos positivos assintomáticos.

“Para os casos, sim. Para os doentes, não. Os doentes continuam a ter direito ao seu isolamento, estão no auge da sua transmissibilidade”, disse Graça Freitas, acrescentando que poderá haver uma “redução dos dias de isolamento e outras medidas para os contactos próximos dos infetados”.

Da mesma forma, a responsável admitiu um cenário em que as máscaras passem a ser usadas apenas em épocas de maior risco. “Se houver um alívio da epidemia, nós podemos reservar, por exemplo, o uso das máscaras para uma altura em que estivermos outra vez a subir na sazonalidade.”

No entanto, salvaguardou que nada está fechado. “São assuntos que estão a ser neste momento discutidos na comunidade cientifica.”

Em matéria vacinal, e “se tudo correr bem”, Portugal vai adotar “uma estratégia de vacinação seletiva, provavelmente sazonal, de grupos de risco”.

“Vai deixar de fazer sentido dizermos que é a quarta ou quinta dose. Eu, por exemplo, vacino-me contra a gripe há muitos anos e não faço ideia se vou na nona, na sétima [dose]. Sei que chega ao início do outono/inverno e me devo vacinar porque pertenço a um grupo de risco que beneficia com a vacinação”, disse na entrevista.

Já quanto aos medicamentos para minimizar o impacto da covid-19, o seu uso deverá passar a ser mais frequente.

“Estão a desenvolver-se duas grandes famílias de medicamentos: os anticorpos monoclonais, para situações mais graves, e os antivirais, que poderão ser dados em ambulatório, desde que os doentes sejam encontrados em tempo útil e tenham critérios para fazer essa medicação”, explicou a diretora-geral da Saúde.

Os peritos já estão a planear aquilo que será um desconfinamento total após o inverno. Ultimamente, vários especialistas argumentam que a denominada quinta vaga de covid-19 já terá atingido o seu pico, em Portugal, na semana passada.

Com outros países a aliviar as suas restrições sanitárias — como o Reino Unido e a Dinamarca — Portugal começa a pensar em fazer o mesmo.

ZAP //

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