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Há cada vez mais festas ilegais em casas alugadas. Confinamento desrespeitado em todo o país

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Nuno André Ferreira / Lusa

Numa altura em que o dever de recolhimento ainda está em vigor, são muitos os casos em que o confinamento é desrespeitado e dá lugar a festas ilegais em casas alugadas. A GNR e PSP encontraram várias situações em Loulé, Salvaterra de Magos, Cascais e Santo Tirso. Os intervenientes foram todos multados no mínimo em 200 €/cada.

No último fim de semana, as autoridades detetaram várias festas ilegais em casas alugadas por grupos de jovens. Todos foram identificados e autuados num mínimo de 200 euros cada um.

Com o estado de emergência em vigor há mais de dois meses, este fenómeno tem vindo a aumentar. Segundo o Correio da Manhã, o aluguer de casas para festas ilegais ocorre de norte a sul do país.

De acordo com o jornal, em Cerro de Alfeição, no concelho de Loulé, o alerta de ruído levou a GNR a encontrar 50 pessoas, entre os 19 e os 45 anos, numa “festa ilegal” numa moradia. Os presentes acataram a ordem para terminar a festa e abandonaram o local, mas foram identificados “por violação do dever geral de recolhimento obrigatório” e elaborados os autos de contraordenação.

Já em Marinhais, no concelho de Salvaterra de Magos, a GNR pôs fim a festa ilegal com 20 pessoas, entre os 21 e os 30 anos, numa residência alugada e que também foi denunciada pelo ruído. Segundo as autoridades, era “um evento não autorizado” e os jovens “não faziam o uso da máscara, nem garantiam o distanciamento social”.

Nesta situação, também foram identificados os participantes, todos residentes na área de Lisboa – pelo que violaram a limitação de circulação entre concelhos.

Em Cascais, a PSP encerrou uma festa noutra casa alugada. Mais uma vez foi o ruído a denunciar os 17 jovens no local, que foram identificados e autuados antes de regressarem às suas casas.

Mais a norte, em Santo Tirso, uma festa ilegal com 16 pessoas, dos 18 aos 65, decorreu numa moradia em Água Longa.

Segundo os dados da DGS, a pandemia está a atingir os valores mais baixos desde há seis meses.

Esta segunda-feira, o boletim diário publicado pela Direção-Geral da Saúde indicou ainda 10 mortes. Desde 14 de outubro que o número de vítimas mortais não era tão baixo.

ZAP //

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33 Comments

  1. Desobediencia civil. Acho muito bem. O problema é ser só para festas em vez de coisas realmente importantes.

    Interessante como os casos nao sobem… deve ser do frio, congelaram.

    • uma desobediencia civil a sério, é entrares numa ala covid dum hospital e tirares a máscara
      se os casos não sobem, quer dizer que o confinamento está a resultar

      • Os casos “não sobem” porque a DGS assim quer. A partir do momento em que se fazem menos testes, os números baixam, mesmo que existam mais casos de infeção.
        Uma vez que o objetivo é desconfinar, os tais números devem ser insignificantes, para abrir tudo e mais alguma coisa. E, no caso daqueles que nunca respeitaram as regras, esta bênção do desconfinamento funciona como uma carta verde para fazerem tudo aquilo que quiserem, sem limites. 🙂

  2. por mim primeiro era uma boa tareia para ficarem sem mexer durante 15 dias. depois eram as multas mas de valor maximo
    aposto que nunca mais fugiam às leis do confinamento

    • Uma tareia mas… com distanciamento social, faz favor… 😀
      Mas agora a sério. É uma sorte (será?) que os números ainda não subiram a valores astronómicos. Para além dos dois primeiros meses de confinamento (no início da pandemia) nunca mais o povo respeitou o que fosse, especilamente o distanciamento social. Só não vê quem quer e há muita gente que gosta de ser cega! É tudo ao monte e fé em Deus!
      Essa das multas… Devia ser o valor máximo e na hora! E sem apelo nem agravo, para evitar atrasos e escapadelas á multa como deve ter havido muitos. Mas também é verdade que, se a polícia andasse mesmo a fazer aquilo que deveria, (andar nas ruas a fiscalizar o comportamento da população) não teria mãos a pedir com multas e prisões de indivíduos que insistem em desrrespeitar as regras sanitárias.
      Não deixo de achar “piada” quando alguém sabe que está infetado e ainda tem a lata de dizer “Não sei como isto aconteceu…”

  3. Oh Zé podes mandar dar a tareia no presidente da república pois ele foi até ao Vaticano no dia 12 de mês por isso desobedeceu a regras do confinamento além de não ter usado máscara quando estava com o Papa.

    Senão sabes podes ir ao canal do YouTube da presidência da república e vês com esse olhos adormecidos

    • E merecia uma tareia das boas sim senhor. Mas também serve de exemplo para quê? “Porque o presidente não obedeceu, agora podemos todos fazer o mesmo”? Ou seja, imitar um erro crasso só porque foi o PR a fazê-lo ? Tudo bem mas, e tu, queres cometer o mesmo erro ? É isso? Agir por pura idiotice? Lol!

    • O Vaticano?! Pior que isso! Na tomada de posse foi passear para o bairro do Cerco e provocou um ajuntamento de dezenas de pessoas… em pleno confinamento geral! Foi mau a visita (desnecessária nesta altura) ao Vaticano, mas este episódio que relatei foi bem pior. Deu uma “bela” mensagem aos prevaricadores. Desrrespeitou o Governo e as medidas que ele próprio promulgou, e incentivou ao desrrespeito de toda a população! Ainda estranho como é que ninguém usou a expressão “Até o Presidente o faz!” ao agente que o está a identificar.

  4. Este país está cheio de Chico-espertos, quanto a mim, é só aguardar uns dias e tudo voltará ao início, repare-se no que está a acontecer noutros países!

  5. Quem faz isto está bem na vida…
    Toca a celebrar o desconfinamento, e a recordar o (des)confinamento de janeiro-fevereiro-março ( 🙂 ).

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