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Ferro apela à “boa cooperação” entre órgãos de soberania (e desvaloriza “pequenos problemas de percurso”)

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Tiago Petinga / Lusa

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues

O presidente da Assembleia da República considerou, este sábado, que é “fundamental que continue a haver uma boa cooperação entre órgãos de soberania”, defendendo que “pequenos problemas de percurso” são “absolutamente naturais”.

Eduardo Ferro Rodrigues intervinha no 23.º Congresso do PS, que decorre até domingo no Portimão Arena, no arranque dos trabalhos da parte da tarde, antes do período de discussão das moções.

“É fundamental que continue a haver uma boa cooperação entre órgãos de soberania, e sobretudo entre a Assembleia da República, o Presidente da República e o Governo”, defendeu.

Para a segunda figura do Estado, “pequenos problemas de percurso são absolutamente naturais e a sua superação tem até agora fortalecido essa cooperação”.

Ferro Rodrigues acrescentou ainda que a estabilidade política em tempos de “grandes desafios e de alguma gravidade” e com “antigas, atuais e novas crises, continua a ser um elemento-chave”.

“O diálogo democrático, a abertura, concessões mútuas que não ponham em causa o essencial para Portugal, que é o progresso social, o desenvolvimento económico e o papel fundamental da inovação, da ciência e educação e da estabilidade financeira, constituem elementos absolutamente básicos“, aditou.

“Eu, e espero que todos nós, confiemos nas nossas instituições democráticas e na continuação do papel patriótico do PS e do secretário-geral e primeiro-ministro”, acrescentando que o discurso do líder socialista foi “uma inspiração”.

António Costa discursou esta manhã e defendeu que o país está perante uma “oportunidade histórica”, tirando partido das cinco lições que a pandemia da covid-19 nos deixou.

Ao longo do seu discurso, Ferro Rodrigues alertou também para as “crises claras no funcionamento institucional” que grandes democracias nos vários continentes vivem.

“A abstenção, o reforço dos populismos de extrema direita, o regresso do ódio racial e às minorias, os ataques à igualdade dos direitos das mulheres, o papel contestado da independência do poder judicial, são algumas características desta crise que também afeta muitos países europeus”, alertou.

Segundo o presidente da AR, em Portugal “estes sinais também existem embora com expressão, felizmente, ainda não alarmante” e tem sido “difícil mas possível a resposta” das instituições democráticas a estas ameaças.

“Na Assembleia da República, na Presidência da República e no Governo. E eu diria apenas, honra aos protagonistas desta resposta, que é uma resposta essencial porque é a resposta de que depende o futuro dos nossos filhos, da vivência democrática e pluralista em Portugal”, disse.

O presidente da Assembleia da República disse ainda esperar que as eleições autárquicas de setembro sejam “um momento de reforço da presença forte do PS”, mas também um momento de reforço “da participação democrática, da ida às urnas e do gosto pela democracia”.

O XXIII Congresso do PS está a decorrer este fim-de-semana, nos dias 28 e 29 de agosto, na Portimão Arena, no Algarve.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. A segunda figura do Estado com que a má sorte amaldiçoou Portugal já não quer ir em força para Sevilha?
    Corrijo: Não foi a má sorte; foi o PS do Costa e a sua geringonça.

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