Timing da entrevista do ex-primeiro-ministro é “inaceitável” para a ex-ministra das Finanças. Sobre o alegado “embuste” no IRS, “não há nenhuma mentira”: houve, sim, “uma certa confusão”.
Em reação à recente (e polémica) entrevista de Pedro Passos Coelho, em que o antigo primeiro-ministro falou sobre o seu Governo, a intervenção da Troika e também do atual presidente do PSD, Luís Montenegro — de quem não é o maior fã — Manuela Ferreira Leite não se poupou nas críticas.
“O timing escolhido para a entrevista, o conteúdo das declarações e a nomeação específica das pessoas que foram nomeadas torna esta intervenção absolutamente inaceitável”, disse ao Observador esta terça-feira.
Mas a entrevista não fragiliza Montenegro: “fragiliza quem a fez”.
Em relação à aproximação de Passos ao Chega, sublinha: “mesmo que não me tivesse posicionado nunca escolheria este timing para fosse o que fosse, não é no início de um Governo que se fazem declarações desta natureza nem se denunciam pessoas que foram antigas colaboradoras.”
Em entrevista à rádio Observador, o antigo primeiro-ministro falou sobre o passado, mas também lançou “farpas” a Montenegro.
“Ele faz parte dessa herança e desse legado (passista). Em que medida é que ele se quer desconectar mais desse seu próprio passado também ou não, não sei. Parece-me que foi muito evidente durante os últimos tempos que houve essa preocupação de tentar desligar”, considera Passos Coelho.
“É importante que os partidos possam ter uma perspetiva para o futuro e não ficarem sempre só ligados ao seu passado. E, portanto, às vezes é um equilíbrio difícil de fazer”, atirou.
“Não quer dizer que se renegue o passado, mas se andarmos sempre só a defender o passado ou com o passado ao colo, a gente não consegue abrir tanto futuro. Ele saberá como é que quer fazer as coisas e a última coisa que quero é andar a criar constrangimentos. Agora, também não posso ser impedido de, de quando em vez, poder dizer alguma coisa do que penso. E eu penso pela minha cabeça, evidentemente”, disse.
A antiga ministra das Finanças recusou, no entanto, dizer se acha que Passos está a posicionar-se para uma eventual candidatura Presidencial ou para um regresso aos sociais-democratas.
“Não há nenhuma mentira” sobre o IRS
Sobre a recente polémica em torno do IRS, afasta quaisquer “embustes”: houve, sim, “uma certa confusão” e “falta de esclarecimento”.
“O grande tema de campanha da AD foi a baixa de impostos e penso que não passou despercebido a ninguém e não deve também ter passado ao PS, que elaborou um Orçamento, defendeu-o, estava sentado na bancada quando o Programa do Governo foi discutido e ninguém abriu a boca. No mínimo, se essa história correspondesse a um embuste teria sido o momento para que defendessem o seu legado e dissessem ‘nós é que fizemos isto’”, disse.
“Enquanto AD apresentava o benefício à classe média e o IRC às empresas, o PS defendia uma coisa completamente diferente, portanto o debate foi dominado não pelos números, mas pelos objetivos dessa redução fiscal”, explicou, sublinhando que “interessa pouco, para avaliarmos uma política, se são 10 ou mil milhões, o que interessa é a distribuição ou objetivo”.
A primeira medida que o Governo da Aliança Democrática (AD) vai tomar para melhorar a vida dos portugueses está a revelar-se uma “fraude” e um “embuste”, nas palavras do líder do PS, Pedro Nuno Santos.
O primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou no Parlamento que o Governo apresentará, já na próxima semana, uma proposta de redução do IRS, apontando para um alívio fiscal de 1500 milhões de euros.
Mas, afinal, o alívio será da ordem dos 170 milhões de euros, uma vez que o número avançado pelo Governo tem já em conta os 1330 milhões de euros de redução do IRS que já estão em vigor, e que foram incluídos pelo Executivo do PS no Orçamento do Estado para 2024.
Foi por causa desta “múmia”, que queria “uma pausa de 6 meses na democracia”, que eu em 2009 votei no “ingenheiro” da Ericeira, antes tivesse ido..à praia… Inaceitável é o branqueamento das tolices do novo “goberno”….deve ser daquelas caricaturas, descubra as diferenças! Os Srs do avental andam muito mal servidos.
Passos quer correr com Montenegro daqui a 6 meses e formar um verdadeiro governo à direita com o Chega. Está visto que Montenegro também não faz muito pela durabilidade do governo. É só esperar pelas europeias e os portugueses vão lembrar ao Montenegro o que é um verdadeiro choque e não o choque fiscal da AD.
Esta Senhora no seu tempo de ministra das Finanças com Durão Barroso, acabou com o regime Bonificado no Credito a Habitação, veio prejudicar os Portugueses que trabalhão de dia para comer à noite, lamento que alguma da nossa comunicação Social, ainda dão tempo de antena a este embuste, presentemente todos os partidos se queixam de falta de Habitação.
O roto e o nu.
De qual gostas, diz-me tu…
,,, Ambos de mãos dadas, num longo passeio sem regresso, seria perfeito.
Para fazer este tipo de comentário, esta Senhora não deve ter ouvido a entrevista toda. Deve ter-se ficado pelas ‘gordas’ promovidas pela comunicação social, normalmente descontextualizadas e à procura do sensacionalismo. Ou então, está completamente xéxé, o mais provável, e não alcançou a dimensão do desafio que PPC teve pela frente para tirar o País do atoleiro em que estava metido. A memória é sempre curta, quando não interessa ser ou não se é sério e objectivo perante os factos. Entre as exigências da troika, os chumbos sucessivos do tribunal constitucional, a pouca ajuda do PR e a demissão irrevogável de PP, gostava de ter visto o que MFL teria feito se tivesse essa responsabilidade.
Para provar a minha ótima condição mental e excelente memória, sugiro que o senhor que levianamente as coloca em causa, se junte ao referido par nesse passeio sem regresso, que vos desejo tão agradável como a tirania insane desse desgraçado demente.
Pedro Silveira Botelho.
A propósito de xéxé, se da a soma do vosso trio for possível sobrar um pingo de solidariedade, dêem boleia ao Marcelo… Por favor!