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Um “fantasma” agitou as águas no PSD. Apoiantes de Passos Coelho dão regresso do ex-líder como certo

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Na semana passada, um discurso escrito em 14 páginas e lido pelo ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho na Academia das Ciências de Lisboa agitou as águas no PSD. Agora, os apoiantes dão o seu regresso como certo.

Ao longo dos anos, houve sempre rumores do possível regresso de Passos Coelho ao PSD, mas, desta vez, algo mudou, segundo conta o semanário Expresso.

No início do ano, poucos arriscavam dar palpites. Mas agora é público e notório o desejo e a certeza de que o ex-líder voltará ao ativo na política portuguesa.

Em declarações ao semanário, Zita Seabra recusou fazer futurologia, mas confessou que a intervenção de Passos Coelho agitou o partido. “Todos tínhamos saudades de ouvir aquela clareza. Até o país tinha”, disse. “[Passos Coelho] tem idade, estatuto e capacidade para a qualquer momento regressar. É o meu desejo e o de muita gente que sente saudades”.

José Matos Correia, antigo vice-presidente do PSD, garantiu ao Expresso que “o que Passos Coelho disse só pode merecer o meu apoio”.

“[Os] aplausos devem-se ao facto de que o que ele disse estar correto e ser oportuno. Se a postura do PSD na oposição fosse outra, provavelmente as pessoas não teriam reagido desta forma tão sincera e genuína à intervenção, porque a política tem horror ao vazio”, afirmou.

Por sua vez, Marco António Costa, ex-secretário de Estado da Segurança Social, considera que há uma simples explicação para a forma como o partido acolheu as suas palavras.

“Num tempo em que os líderes se perdem em discussões laterais ou pequenas questiúnculas pessoais, aparecer quem pautou o seu pronunciamento na vida pública por uma enorme elegância, clareza e firmeza na defesa dos interesses do Estado suscita a recordação do que é ter um político com esta estaleca a liderar-nos”, disse, em declarações ao semanário.

Para Luís Campos Ferreira, ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Passos “tem uma autoridade que dificilmente se encontra em Portugal”. “Se há alguém que tem deixado espaço a Rui Rio é ele. Rui Rio tem muito pouco de que se queixar. O fantasma é a autoridade dele, que está intacta”, assegurou ao Expresso.

O social-democrata disse que “mais do que expectável, é desejável que o principal partido da oposição tenha uma alternativa” – e Passos “é a alternativa mais desejada”. 

Miguel Relvas, ex-ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, não tem dúvidas: “Se regressa ou não, é uma não questão”. Passos “é inquestionavelmente uma referência política do país” e “as suas qualidades em 2020 não são distintas” das que tinha quando deixou a presidência do partido”.

No domingo passado, no seu habitual espaço de comentário, Luís Marques Mendes garantiu que o regresso de Passos Coelho à política não será imediato, mas que vai acontecer. “Mais ano, menos ano, vai fazer um regresso à vida política. Não sei se será para ser candidato a primeiro-ministro, ou para ser candidato a Presidente da República, mas acho que vai fazer isso. Não é no imediato”, disse.

Maria Campos, ZAP //

7 Comments

  1. Muito gostava de saber qual é o exacto papel do Ângelo Correia (grande artista!) nesta manobra. Que ele está lá, está, não há qualquer dúvida. Olha quem!!!!

  2. Os hossanas ao “mestre” são mais que muitos e protagonizados, para além de outros, pelos famosos Relvas, MAC, Zitas e similares.
    É um ver se te avias para chegarem com tudo ao pote!
    Basta de tanto lambe botas, pois quem as usa é execrável.

  3. Nem com a pandemia/confinamento nos livramos destes deste parasita/carrasco/vendedor do país!…
    Se bem que, os boatos espalhados pelo rato de esgoto Mendes, valem o que valem….

  4. Pois e, a seguir começava o corte nas tais ”’gorduras”’, não onde realmente se localizam, na classe política, nas muitas associações, que nascem como cogumelos, nos Observatórios que não observam nada, nas Fundações, nos Sindicatos, nos futebóis, nas televisões (estes recebem uns milhões dos nossos impostos, só para escrever e dizer bem dos políticos do sistema), para isto e para aquilo,mas foi mais fácil cortar aos reformados não só na mensalidade como nos subsídios, quer de férias quer de Natal, muitos receberam zero, os mesmos que trabalharam e descontarem para este país que juntamente com as suas entidades patronais 35% dos salários, durante mais de 40 anos com governantes que nem a casa deles governam. Passos Coelho e os seus comparsas sabiam/sabem que os reformados não têm poder reivindicativo. Os bancos a roubarem à descarada, políticos a fazer o mesmo. Se tivesse feito bem o trabalho, eu e muita mais gente continuávamos a votar nele e neste momento estava a gerir o país, sem misturas com ‘marcos antónios’ ou ‘paulos portas’ ‘ relvas’, ‘cavalos brancos’ e outros trafulhas deste país.

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