Dois factores “jogam contra” o Chega nas próximas eleições

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Paulo Cunha / LUSA

O líder do partido Chega, André Ventura

Marques Mendes aborda a “patetice” de António Costa e sugere que João Galamba tem o primeiro-ministro “na mão”.

António Costa demitiu-se na terça-feira num discurso digno, de grande elevação. Mas foi um “desastre” quatro dias depois, em novo discurso.

Segundo Luís Marques Mendes, a intervenção do primeiro-ministro no sábado à noite foi “confrangedora e até patética”.

“Primeiro, ao contrário do que diz o primeiro-ministro, o problema não é a bondade dos investimentos. Segundo, o pretexto foram os investimentos. Terceiro, o primeiro-ministro está com medo das medidas de coação que o Juiz vai aplicar aos detidos. Quarto, este é o discurso de um primeiro-ministro que usa os amigos e colaboradores quando lhe dão jeito e os descarta quando eles estão em desgraça”.

O comentador disse na SIC que o primeiro-ministro “devia ter dado explicações. Não deu”. E o discurso de sábado “mostra que o primeiro-ministro está em desespero com o processo judicial. Mas mostra também que o primeiro-ministro não tem limites. Vale tudo“, continuou.

Marques Mendes falou sobre João Galamba, “uma vergonha desde o início” e que “nunca deveria ter sido ministro porque é imaturo”. E deixou uma sugestão: “É inadmissível a arrogância com que Galamba se apresentou na Assembleia da República na passado sexta-feira. A reafirmar que não se demitia, mesmo depois de ser suspeito de vários crimes e constituído arguido. Foi tão provocador que até parece que tem o primeiro-ministro na mão. Que condiciona e manda no primeiro-ministro”.

Mário Centeno, apontado como futuro primeiro-ministro mas rejeitado pelo presidente da República, “trata o Banco de Portugal como um apeadeiro para as suas ambições políticas“.

Vêm aí eleições e, em Março de 2024, prevê-se um duelo entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro: “Eu diria que saiu a sorte grande a um e a outro. A Montenegro porque muitos estavam à espera que lhe corressem mal as europeias para o substituírem na liderança do PSD. A Pedro Nuno Santos porque, se ganhar a eleição a Luís Montenegro, é quase um herói. Se perder, ninguém o vai culpar pela derrota. A culpa é sobretudo da situação no PS”.

O Chega também deve agradecer estas eleições antecipadas – e os motivos que originaram a demissão do primeiro-ministro, que são “dinheiro em caixa” para o partido.

No entanto, nestas legislativas antecipadas o Chega “não vai subir tanto quanto se imagina. Eleições legislativas não são tão favoráveis ao Chega como seriam ou serão eleições europeias”.

Além disso, há dois factores que “objetivamente jogam contra” o partido liderado por André Ventura: “Uma eleição nacional é a escolha de um primeiro-ministro; e aí só há dois candidatos: o líder do PS e o líder do PSD. Segundo, numas eleições legislativas, normalmente há voto útil à direita e à esquerda; e isso favorece o PSD e o PS”.

ZAP //

5 Comments

  1. Vamos ver se desta vez os Portugueses têm dois dedos de testa e não dão outra maioria absoluta!
    Como em cena só há sempre dois personagens; o resto é paisagem!!!! E por isso Nunca nada muda!
    Uns vão dando umas migalhitas para calar os tontos que neles votaram os outros comem tudo e não deixam nada!

  2. Vamos ver se desta vez os Portugueses têm dois dedos de testa e não dão outra maioria absoluta!
    Como em cena só há sempre dois personagens; o resto é paisagem!!!! E por isso Nunca nada muda!
    Uns vão dando umas migalhitas para calar os tontos que neles votaram os outros comem tudo e não deixam nada!!

  3. A confusão que vai neste país. Nem parece um país europeu, membro da UE. É mais uma cópia do que se passa no Burkina Fasso ou no Sudão. Por enquanto se tiros…

  4. Também quero caixas de vinho forradas a dinheiro e baterias de lítio para o meu carro de 1981 que vai passar a pagar 600 euros de IUC…

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