O ex-vice-presidente da Câmara de Braga, detido desde quinta-feira no âmbito do processo Transportes Urbanos de Braga (TUB), foi domingo posto em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de 100 mil euros.
Segundo a juíza de instrução criminal no Tribunal de Braga, Vítor Sousa está “fortemente indiciado” de corrupção passiva para ato ilícito e de administração danosa.
O antigo autarca e ex-administrador dos TUB foi posto em liberdade este domingo mediante o pagamento de uma caução de 100 mil euros.
Fica proibido de se ausentar do país, tendo de entregar o seu passaporte, e terá de se apresentar quinzenalmente, às sextas-feiras, no posto policial da sua área de residência.
A ex-vogal da administração dos TUB, Cândida Serapicos, “fortemente indiciada” dos mesmos crimes de Vítor de Sousa, fica também em liberdade, mediante o pagamento de uma caução de 27 mil euros. Tem também de entregar o passaporte e de se apresentar quinzenalmente à polícia.
No processo, é também arguido Luís Vale, diretor dos TUB, igualmente “fortemente indiciado” de corrupção passiva para ato ilícito e administração danosa.
Tem de pagar também uma caução de 23 mil euros para ficar em liberdade, tendo ainda de suspender funções, de entregar o passaporte e de se apresentar na polícia de 15 em 15 dias.
Os outros dois arguidos no processo são dois “altos quadros” da empresa MAN, “fortemente indiciados” de corrupção ativa, corrupção em prejuízo do comércio internacional e de administração danosa e de corrupção ativa. Ambos têm de se apresentar quinzenalmente na polícia.
Os arguidos ficam ainda proibidos de qualquer contacto entre eles, com funcionários da MAN, que tem sede na Alemanha e dos TUB e com outros envolvidos no processo.
A detenção dos cinco arguidos ocorreu na quinta-feira, no cumprimento de mandados emitidos no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público – Departamento de Investigação e Ação Penal de Braga.
Segundo um comunicado da Polícia Judiciária, os administradores dos TUB terão recebido “várias centenas de milhares de euros” como “contrapartidas” por alegadamente beneficiarem a MAN na aquisição de autocarros.
Ainda de acordo com a PJ, aqueles responsáveis dos TUB “presumivelmente viciaram, durante cerca de meia dúzia de anos, os procedimentos concursais para aquisição de viaturas pesadas de transporte de passageiros”.
A ideia seria “beneficiar” a MAN, empresa que também foi constituída arguida neste processo.
ZAP / Bom Dia
Começo a estranhar o facto de todos os “garanhões” serem libertados desde que pagem valores astronomicos ao tribunal. Afinal a pena tem preço. Desgraçado do pobre que roube uma carcaça