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Ex-tesoureiro do partido de Dilma condenado a 15 anos e quatro meses de prisão

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Agência Brasil / Flickr b

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) brasileiro, João Vaccari Neto

O ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) brasileiro, João Vaccari Neto

João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT, da atual Presidente Dilma Rousseff), foi condenado esta segunda-feira a 15 anos e quatro meses de prisão por branqueamento de capitais, associação criminosa e corrupção na Petrobras.

Vaccari Neto foi considerado culpado pela Justiça Federal brasileira por desvios em obras da petrolífera feitas pelo consórcio Interpar, em duas refinarias, no interior de São Paulo e no Paraná.

Além de Vaccari, também foram condenados o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que recebeu pena de 20 anos e oito meses, e mais oito acusados.

O doleiro Alberto Youssef, um dos primeiros envolvidos a denunciar o esquema, foi condenado a nove anos e dois meses de reclusão. Na sentença, o juiz Sérgio Moro disse reconhecer a “continuidade delitiva” do acusado na prática dos crimes de lavagem de dinheiro.

A condenação do ex-secretário de Finanças do PT, João Vaccari Neto, foi criticada pela direção do Partido dos Trabalhadores, que considerou o ato um “equívoco, porque não há provas contra ele”.

Em nota oficial, o PT reafirmou a sua confiança na reforma da “injusta sentença em um novo julgamento nas instâncias superiores do Judiciário”.

“A decisão de primeira instância baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, e ainda tentou criminalizar o PT ao insinuar que as contribuições para o partido, todas legais e declaradas ao TSE, constituem-se em doações ilícitas”, afirmou a nota assinada pelo presidente do partido, Rui Falcão.

No documento, o PT defendeu Vaccari e destacou a sua trajetória e lutas ao longo da vida, com “simplicidade e humildade”. “João Vaccari Neto construiu sua história nas lutas dos trabalhadores, em particular no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ao longo de sua vida, sempre cultivou a simplicidade e a humildade. Não enriqueceu na política, conforme já demonstrado quando da quebra de seus sigilos bancário e fiscal.”

O PT informou que, à frente da Secretária de Finanças e Planeamento e no exercício de suas funções, Vaccari “tão somente indicava aos doadores a conta oficial do partido para os respetivos depósitos de contribuições, que foram sempre declaradas à Justiça Eleitoral”.

Na nota, a direção do partido afirmou ainda que as doações recebidas foram semelhantes às recebidas por outros “grandes partidos”, na forma e em montantes. “Assim, causa indignação imputarem seletivamente ao PT acusações de ilegalidade”. O presidente acrescentou que o advogado de Vaccari, Luiz Flávio Borges D’Urso, divulgou nota em que “aponta falhas no julgamento e demonstra a injustiça da condenação”.

ZAP / ABr

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