O ex-patrão de Sócrates, Paulo Lalanda de Castro, que já era arguido na operação Marquês, junta-se agora aos outros arguidos no caso Vistos Gold.
De acordo com o Observador, o envolvimento de Lalanda de Castro neste caso acontece através da ILS, empresa que administra a Octapharma e da qual é gerente, por um alegado contrato com o Ministério da Saúde da Líbia com vista ao tratamento em Portugal de alegados refugiados de guerra.
A investigação suspeita de um alegado favorecimento à ILS por parte de Manuel Palo, ex-diretor do SEF, na emissão de vários vistos para cidadãos líbios.
Lalanda de Castro é ainda suspeito de ter recebido um milhão de euros de reembolso de IVA de forma ilegal, graças a um documento falso que permitiu perdão fiscal, alegadamente com a ajuda do ex-ministro Miguel Macedo.
A empresa terá reclamado a prestação de serviços médicos a um grupo de refugiados de guerra líbios, e que, por isso, estariam isentos do pagamento de IVA.
Segundo as informações apuradas pelo Correio da Manhã, o ex-patrão de Sócrates foi ouvido nos últimos dias de outubro passado e foi acompanhado pelo seu advogado, Paulo Saragoza da Mata, embora não se saiba se chegou a prestar declarações.
A investigação detetou contactos entre os ministérios do antigo ministro da Administração Interna e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, para que o perdão acontecesse.
Núncio chegou a ser ouvido como testemunha mas não teve qualquer intervenção no processo. A acusação deste processo terá de ser conhecida até à próxima sexta-feira.
ZAP
Caso Vistos Gold
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