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Ex-governante das golas antifumo constituído arguido na Operação Éter

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Tiago Petinga / Lusa

José Artur Neves, o secretário de Estado da Proteção Civil que se demitiu em setembro último na sequência do caso das golas antifumo, é um dos 21 arguidos no processo da Operação Éter, escreve o jornal i esta segunda-feira.

A Operação Éter, recorde-se, investiga crimes crimes relacionados com campanhas do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).

O Ministério Público (MP) acusou na passada sexta-feira os 21 arguidos de recebimento indevido de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder.

De acordo com o jornal i, o antigo secretário de Estado foi indicado no âmbito da Operação Éter por factos ocorridos quando era presidente da Câmara de Arouca, distrito do Porto.

Entre 2011 e 2013, juntamente com a vereadora responsável pelo Turismo, Margarida Belém, Joseé Artur Neves decidiu contratar de forma indiscriminada prestações de serviços impostas pelos responsáveis do Turismo do Porto e Norte de Portugal, sem avaliar as verdadeiras necessidades desses serviços.

No total, as contratações em causa quase que chegaram aos 150 mil euros e tiveram por objetivo a instalação da Loja Interativa de Turismo no município de Arouca.

O ex-secretário de Estado da Proteção Civil e a vereadora “atropelaram as normas legais para este tipo de procedimentos, violando as regras de contratação pública, nomeadamente os princípios da transparência e igualdade, restringindo deste modo a concorrência”, escreve ainda o jornal i.

O jornal desportivo O Jogo avança que o antigo presidente do Vitória de Guimarães, Júlio Mendes, é também arguido no âmbito da Operação Éter.

Sustenta o Ministério Público que o principal arguido no processo, o antigo presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, terá feito um acordo publicitário com o V. Guimarães, em 2016, no âmbito de um esquema que visava o apoio do emblema à sua candidatura à Liga de Clubes.

Em declarações ao desportivo, Júlio Mendes afirmou que a acusação não tem fundamento. “Preocupado? Não, acredito na justiça. Estou de consciência absolutamente tranquila“.

ZAP //

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