Jose Sena Goulao / Lusa
A organização do festival alertou os fãs, esta terça-feira, para que não comprem ainda bilhetes de avião com destino a Israel e pediu para que aguardem por informações oficiais.
“Já estás à espera da próxima Eurovisão? Nós também! Mas não reserves ainda o teu voo, fica atento às informações oficiais sobre o local e a data do evento”, escreveu a União Europeia de Radiotelevisão (EBU), a entidade organizadora do festival, no Facebook oficial.
No passado dia 12 de maio, no Altice Arena, em Lisboa, Israel venceu a 63.ª edição da Eurovisão com o tema “Toy”, interpretado por Netta, o que garante ao país o direito de receber a edição do próximo ano.
No dia seguinte, tanto a vencedora como o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apontaram Jerusalém como a cidade anfitriã do evento em 2019. Porém, de acordo com a publicação recente da EBU, parece que o local ainda não está decidido.
De acordo com o jornal israelita Haaretz, a entidade organizadora receia que o contexto político vivido no país, devido ao conflito israelo-palestiniano, possa ser prejudicial para a realização do evento.
Recorde-se que os EUA inauguraram, a 14 de maio, a sua nova embaixada em Jerusalém, reconhecendo esta cidade como a capital de Israel, em simultâneo com os protestos na Faixa de Gaza, que provocaram cerca de 60 mortos e milhares de feridos.
O dia foi batizado como “o mais negro” nesta zona desde 2014, o ano em que a operação militar israelita “Margen Protector“ fez mais de dois mil mortos em 50 dias. A ONU também acusou o Estado israelita de “uso excessivo de força” e de uma “matança intencional”.
Israel já organizou a Eurovisão duas vezes, em 1979 e 1999, e já na última edição tinha surgido alguma controvérsia em relação ao local do evento.
