Na quinta-feira, o jornal Público deu conta de uma investigação do Banco de Portugal (BdP) ao papel de Teixeira dos Santos no Eurobic no âmbito do caso Luanda Leaks. Agora, o banco vem a público desmentir a notícia.
“O EuroBic desmente que esteja em curso qualquer investigação do Banco de Portugal sobre o Presidente da sua Comissão Executiva, Prof. Teixeira dos Santos, relacionada com os Luanda Leaks”, assegurou o banco de capitais angolanos em comunicado, citado pelo Jornal Económico.
Aliás, o EuroBic desmente que esteja a ser investigado o seu presidente da comissão executiva. “O que está em averiguação por parte do supervisor são as operações de transferência ordenadas pela Sonangol que foram objeto de divulgação, cuja execução, de acordo com os procedimentos bancários habituais, não envolveu a intervenção de qualquer membro dos órgãos sociais do Banco”.
“No dia imediatamente após a sua divulgação, a Administração do EuroBic decidiu realizar uma auditoria a tais operações e fornecer voluntariamente ao Banco de Portugal toda a informação e esclarecimentos necessários sobre as mesmas”, acrescenta o banco.
De acordo com a notícia do Público, o órgão regulador, liderado por Carlos Costa, queria certificar-se de que as informações dadas por Teixeira dos Santos sobre o tema eram verdadeiras e que os critérios exigidos em situações do género foram cumpridos.
Na base da investigação estão movimentações bancárias que remontam a novembro de 2017, quando Isabel dos Santos estava de saída da presidência da Sonangol. Na época, saíram da conta da petrolífera angolana no EuroBic 135 milhões de dólares (110 milhões de euros) para uma sociedade no Dubai, a Matter Business Solution, associada à filha do antigo Presidente de Angola José Eduardo dos Santos.