António Cotrim / LUSA
Eugénia Correia, chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas
Audição longa com Eugénia Correia, que desmentiu várias vezes Frederico Pinheiro, que tinha falado antes da chefe de gabinete de João Galamba.
Começou ao fim da tarde e só acabou perto das 2h30 da madrugada. Nova audição na comissão parlamentar de inquérito sobre a TAP, desta vez com a presença de Eugénia Correia.
A chefe de gabinete de João Galamba abordou o alegado “roubo” do computador por parte de Frederico Pinheiro – que o próprio negara horas antes.
Eugénia Correia desmentiu várias vezes o ex-adjunto do ministro das Infraestruturas. Um dos assuntos negados foi esse “roubo”.
A responsável contou que Frederico Pinheiro estava a levar um computador do ministério “à força”.
“Frederico Pinheiro foi instruído por mim no sentido de não levar o computador que não lhe pertencia. E continuando a guardar o computador na mochila foi: ‘dizendo vou levá-lo’”.
O debate aceso continuou, Eugénia tentou agarrar a mochila de Frederico e aí, segundo a sua versão, começaram as agressões: “Nesse momento Frederico Pinheiro agrediu-me. Agarrei a mochila, nem toquei nele e Frederico Pinheiro dá-me um murro depois de Paula Lagarto também tentar agarrar a mochila; e ela levou vários murros“.
Eugénia disse aos deputados que nunca viu João Galamba a ser violento com Frederico Pinheiro – nem com qualquer outra pessoa.
Nessa noite, pediu uma chamada para o Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), recebendo depois telefonema dos Serviços de Informação e Segurança (SIS).
“Reportei que tinha sido levado um computador no qual estavam documentos classificados, com informação muito relevante sobre uma empresa estratégica para o país (TAP), por um adjunto previamente exonerado”.
Eugénia Correia esclareceu dois pontos: não perguntou a João Galamba se podia contactar o SIS e assegurou que Frederico Pinheiro já tinha sido exonerado na manhã desse famoso dia 26 de Abril.
Documentos relevantes só no computador
A chefe de gabinete do ministro das Infraestruturas contou que documentos financeiros da TAP só estavam no computador que Frederico Pinheiro utilizava; não ficaram guardadas noutros locais do ministério.
“Os documentos foram extraídos do computador de Frederico Pinheiro porque não constavam do arquivo do Ministério das Infraestruturas”.
Um desses documentos importantes, que só estaria guardado num computador, seria o plano de reestruturação da TAP, aprovado pela Comissão Europeia em 2021.
Esta versão contraria o que Frederico Pinheiro disse horas antes: “Há cópias do plano de reestruturação em vários computadores, no ministério das Finanças, na Comissão Europeia e na própria TAP”.
Nunca apagou mensagens
Eugénia Correia, novamente desmentindo o ex-adjunto, assegurou que nunca apagou qualquer mensagem de Frederico Pinheiro. “Aliás, sou conhecida por ser um desastre nas informáticas”.
“Já se percebeu que não sou um ás nas informáticas, ando com as mensagens para cima e para baixo”.
E abordou a possibilidade de o seu telemóvel ser analisado: “As mensagens trocadas com Frederico Pinheiro não são muitas e podem ser todas consultadas. Não quero é ficar sem o telefone”.
Também contrariou Frederico Pinheiro, ao dizer que João Galamba não esteve na reunião com a TAP no dia 5 de Abril.
E, assegurou, nunca combinou respostas com João Galamba.
Caso Galamba
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Há coisas muito difíceis de entender nesta história. Uma é a razão para o famoso computador não estar guardado em segurança, uma vez que continha documentos classificados – que também não se percebe se eram únicos ou se já havia cópias. Outra é porque Frederico Pinheiro se manteve no Ministério tanto tempo, uma vez que, pela conversa da chefe de gabinete, parece ser incompetente (além de mentiroso) – e nem sequer é militante do partido. Além, claro, de não parecer haver fundamento para chamar o SIS para tratar de uma operação policial – e ninguém se lembrar (aparentemente) do smartphone do ex-adjunto.
estava guardado em segurança, em cima da secretaria do gabinete, como deves calcular os computadores de trabalho não são guardados em cofres…
o telemóvel não continha documentos classificados de que o ministério tivesse conhecimento, logo não foi prioridade.
Em relação ao SIS já foi explicado enumeras vezes que está no âmbito das suas competências porque se trata de recuperar informação critica para o pais.
A mim só me faz confusão é como uma CPI seja usada para apurar este tipo de casos, quando há coisas mais importantes para perceber em relação à TAP.
Só tretas. O SIS não tem qualquer competência nem podia ter atuado. A atuação do SIS, só por si, devia ser alvo de uma CIP à parte. Depois, refere que o PC tinha informação classificada. Ontem mesmo, este Frederico Pinheiro disse que tinha essa informação também no seu telemóvel e que a mesma estaria noutros PCs e até na Comissão Europeia.
Ontem ficámos a saber que o SIS é aparentemente uma espécie de polícia do Primeiro-Ministro. Continua por esclarecer o que tinha o PC de tão comprometedor para o Galamba. Mas isso, já todos os portugueses perceberam. Continha ficheiros que iriam desmenti-lo relativamente à reunião entre grupo parlamentar do PS, ministério e CEO da TAP. É tudo um conjunto de mentiras cada vez maior que não vai terminar certamente bem. O ministro é um morto-vivo. Aparentemente só ele é que ainda não sabe. É uma espécie de novo Cabrita. Vai de caso em caso, até a um caso final.
Calro que há coisas mais importantes para perceber sobre a gestão da TAP, mas foram as omissões ou mentiras ou esquecimentos relativos a reuniões com a CEO da tal TAP que despoletaram este novo caso – e descobre-se que o funcionamento do Ministério das Infraestruturas deixa algo a desejar…
Estas senhoras “galambas” devem ser muito burras!
O que é que lhes passou pela pela cabeça para se atirarem ao Frederico para lhe tentar tirar a mochila com o computador?
Mentiroso sou eu…e não minto tanto. Deixa-me rir.
Estou frustrado com o comportamento das pessoas, deste país, incluindo quatro doutoras, que considero o seu comportamento desonestas e sem caráter. Foi vítima de agressão e privação da sua liberdade por elas. Parece que não existem homens como antigamente, depois vêem dizer que foram agredidas, mereciam e bem…, é lamentável, especialmente quando povo paga os seus salários a este tipo de gente sem escrúpulos. Acredito que essas pessoas têm algo vergonhoso em seus computadores para agirem dessa maneira. Além disso, fico desapontado com a falta de ação do Presidente da República diante desses incidentes. Nós já tivemos casos de corrupção em vários Ministérios, roubos em Tancos, a morte de um inocente no caso do Cabrita, e agora esse uso indevido da privação da liberdade, sequestro e tentativa de prejudicar a vítima. Aqui agora cada um conta a sua verdade e quando é assim o que fazemos com os nossos filhos quando são crianças, ou o que fazemos quando somos militares…Galanba e as 4 mulheres mais director do SIS mais agente do SIS tudo despedido era o exemplo a dar aos portugueses e ao mundo mais restantes ministros que um ligou depois o outro já ligou para x depois foi y etc…É vergonhoso e nosso país está sendo alvo de críticas na Europa. O Presidente da República precisa tomar medidas adequadas para enfrentar essas questões. Somos chacota da Europa
Levaste um murro???? Deve ter sido um mosquito bem pequeno!!!
Não te esqueças: Apanha-se mais rápido um mentiroso que um coxo!!!
Qto a murros, bem que precisas de mais alguns para compor essa fronha doentia!!!
Também me parece que o Frederico deu poucos murros. Devia ter dado mais àquelas idiotas do ministério e guardado alguns para o Galamba