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EUA e Cuba anunciam aproximação “histórica”

NASA / Flickr

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Em discursos simultâneos esta quarta-feira, o presidente norte-americano, Barack Obama, e o presidente cubano, Raúl Castro, anunciaram que, mais de 50 anos depois, os Estados Unidos e Cuba vão reiniciar relações diplomáticas, prevendo-se o alívio das sanções económicas impostas desde 1962.

Um alto funcionário da administração norte-americana, citado pela agência francesa AFP, indicou que Washington vai restabelecer uma embaixada em Havana “nos próximos meses”.

Estas informações foram divulgadas após o anúncio da libertação do norte-americano Alan Gross, que estava detido há cinco anos em Cuba por espionagem.

O Presidente norte-americano, Barack Obama, e o seu homólogo cubano, Raúl Castro, que falaram na terça-feira por telefone, vão fazer intervenções esta quarta-feira a partir de Washington e de Havana.

Os Estados Unidos e Cuba, que estão separados unicamente pelos 150 quilómetros do Estreito da Flórida, não têm relações diplomáticas oficiais desde 1961.

O embargo económico, comercial e financeiro contra Cuba foi imposto pelos Estados Unidos em 1962, depois do fracasso da invasão da ilha para tentar derrubar o regime de Fidel Castro em 1961, que ficou conhecida como o episódio da Baía dos Porcos.

O mesmo responsável, citado pela AFP, afirmou que o papa Francisco e o Vaticano desempenharam um papel fundamental como intermediário para esta aproximação histórica.

O papa também lançou um apelo pessoal a Barack Obama, numa carta enviada este verão, e a Raúl Castro, e o Vaticano acolheu delegações dos dois países para finalizar esta aproximação, disse a mesma fonte.

Casa Branca não exclui visita de Barack Obama a Havana

Uma visita de Barack Obama a Cuba “não está excluída”, após o anúncio histórico do restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana.

“Não está nada previsto nesta fase, mas eu não excluiria uma visita presidencial”, disse o porta-voz da administração norte-americana, Josh Earnest.

“Se o Presidente tiver uma oportunidade para ir a Cuba, não a deixará passar”, acrescentou o porta-voz.

/Lusa

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