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Estado gasta 10 milhões com escolas privadas em Coimbra

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Esquerda.Net / Flickr

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse hoje que, em Coimbra, nove colégios privados recebem anualmente mais de 10 milhões de euros de financiamento do Estado para terem estabelecimentos de ensino ao lado de escolas públicas.

Catarina Martins, que falava aos jornalistas à margem de uma visita que efetuou esta manhã à Escola 2,3 de Taveiro, na margem esquerda do rio Mondego, salientou que “uma boa parte deles é mesmo no centro da cidade e são colégios da elite social e económica de Coimbra”.

“Em Coimbra está um bom exemplo daquilo que temos dito: defender a escola pública é também acabar com as rendas do Estado a colégios privados que são redundantes, não servem a rede pública, mas apenas para fazer negócio para uns poucos à conta do dinheiro que é de todos”, acusou a dirigente bloquista.

Estas declarações surgem na sequência da questão do financiamento público do ensino particular e cooperativo, que continua a dividir o Parlamento e a opinião pública.

As novas normas de matrícula definidas pelo Ministério da Educação implicam cortes no financiamento do Ensino Privado que afectam metade dos colégios financiados pelo Estado.

Em causa está o facto de o Ministério da Educação ter limitado a frequência destes colégios particulares por alunos da zona geográfica onde se situem e a restrição de abertura de turmas de início de ciclo.

As novas normas vão ser aplicadas já a partir do próximo ano lectivo.

Dez estabelecimentos de ensino privado anunciaram a intenção de entregar providências cautelares contra o Estado para tentar travar a decisão do Ministério da Educação de rever e reduzir os contratos de associação.

O professor de Economia Política Ricardo Paes Mamede explica a questão dos contratos de associação.

ZAP

7 Comments

  1. Para mim a questão é bem simples, o estado devia financiar de igual modo o publico ou o privado, isto é, cada turma devia ter o mesmo tipo de apoio, independentemente de ser no público ou no privado. As pessoas depois que façam a escolha do projecto educativo que mais lhe convém e em que mais acreditam. Assim não haveria desfalque no dinheiro dos contribuintes e este não seria gasto em projectos educativos falhados e de pouca qualidade.

  2. Faltou dizer o MAIS IMPORTANTE: Estado gasta 10 milhões com escolas privadas, ECONOMIZANDO 16 milhões com o custo daquelas turmas no ensino público. São dados CONCRETOS que qualquer gestor sabe calcular. Os jornalistas são incapazes de lidar com números concretos. Só com conversa da treta. É triste ver um país querer desenvolver-se desta forma.
    PS: Não sou de nenhum “privado” e defendo a livre escolha. O que importa é a melhor qualidade de ensino ao menor custo possível, e não se este é proporcionado por professores de ensino público ou privado. Ninguém parece compreender estas prioridades.

  3. Só que a menina Catarina não diz quanto gasta o Estado nas escolas públicas e depois o grande mal de tudo isto é que o Estado cada vez menos “e a situação vai para pior”, cuida do ensino público com rigor e exigência, exames não existem, qualidade de ensino uma miséria, professores nesta altura parece-me que alguns ainda sabem menos do que certos alunos, por outro lado perderam autoridade dentro das escolas, segurança nem falar, agora em cada escola podem escolher o modelo de ensino que lhes interessa, na prática uma bandalheira total bem ao gosto dos sindicatos que a cada birra impõem greve e depois querem estes arautos de esquerda que o povo esteja à força de acordo com eles, se se ocuparem de dar e exigir uma escola de qualidade e responsabilidade à sociedade não duvido que terão o povo de seu lado.

  4. Não entendo por que razão o estado deve contribuir para o ensino privado – só se não houver escola pública nas redondezas. Aí, sim. A educação é um direito e se não há escola pública o estado deve financiar o ALUNO (não a escola) para que possa frequentar a escola privada mais próxima disponível.
    De outra forma, é só alimentar os ‘amigos do costume’.

  5. Muito bem. Agora onde existe oferta pública, acaba-se com a oferta privada.
    PERGUNTO: Nos anos em que não havia oferta pública suficiente, foi o privado que resolveu, com o financiamento ás turmas, certo.
    Então agora que já não é preciso, acabam-se com as escola privadas?! Quem paga o serviço que foi entretanto prestado à comunidade?! Que pessoas são estas, do como já não é preciso, vais embora, despeço-te. É este o principio para as gerações futuras. cada qual que se desenrasque?!.
    Mas fomos nós que votámos nesta gente, Certo.

  6. Será que a menina Catarina estará agora preocupada com os 4 mil milhões que vão esbarrar à CGD e segundo li hoje o prejuízo desta Caixa poderá ultrapassar o do PBN e Banif juntos? Todos caladinhos à esquerda sobre este assunto, tanta cobardia vai por esses lados!

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