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Sem garantias, Estado vai emprestar 145 milhões aos lesados do BES

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O Estado vai emprestar 145 milhões de euros ao fundo de recuperação de créditos para os lesados do Banco Espírito Santo (BES), mas ainda não se conhecem as garantias exigidas pelo Governo.

O Estado deverá emprestar 145 milhões de euros ao fundo de recuperação de créditos para os lesados do Banco Espírito Santo (BES). No entanto, até agora, desconhecem-se as condições e garantias do financiamento exigidas pelo Governo à sociedade gestora, avança, esta quarta-feira, o Jornal de Notícias.

Mas, embora estejam ainda por conhecer as condições e garantias desta operação, a expectativa do Governo é a de que o fundo Patris consiga recuperar o valor e, assim, reembolsar o Estado.

O fundo dispõe de um período de dez anos para conseguir o máximo dos 443,8 milhões de euros dos antigos clientes. Contudo, enquanto não os obtém, precisa de avançar com os reembolsos aos lesados.

Desta forma, até junho, o Estado irá cobrir o valor acordado entre as várias partes envolvidas no processo. Quem subscreveu esse plano irá receber 30% até junho e, posteriormente, mais 20% a 45% em duas novas tranches, nos próximos dois anos, consoante o valor investido seja abaixo ou acima de 500 mil euros, explica o jornal.

Caso todos os lesados adiram ao fundo, serão pagos, no total 287 milhões de euros, cerca de 66% do total inicialmente investido.

A proposta de subscrição para os lesados obterem as suas compensações está aberta até dia 12 de abril. Entre as garantias já conhecidas, está o pedido feito aos lesados que investiram em papel comercial do ESI e da Rioforte para que renunciem a qualquer tipo de reclamação, ação ou processo judicial contra o Novo Banco, Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e restantes acionistas e gestores.

Segundo João Freitas e Costa, administrador da Patris, citado pelo JN, estão identificadas “cerca de 150 entidades que poderão ser chamadas a assumir responsabilidades na recuperação desses créditos”.

ZAP //

3 Comments

  1. A questão dos lesados do BES já cheira mal. E mais mal ainda quando o Governo actua à revelia da generalidade dos contribuintes e ao contrário do que poderia, para não dizer deveria, ser a sua posição.
    Mas como a questão apenas diz respeito ao BES e a quem nele investiu, até se pode admitir que o Estado se abstenha de agir.
    O que não faz sentido é que quem não tinha dinheiro para investir no BES, tenha agora de contribuir para amenizar o problema daqueles que investiram.
    Quem arriscou sujeitou-se. É da praxe! E a ser assim, é caso para se admitir que tudo não passe de uma falsa questão. Mas se entende que foi burlado, que recorra aos tribunais, não àqueles que nada têm que ver com o assunto. Só faltava eu dizer que sou um lesado da Santa Casa da Misericórdia por ter jogado anos seguidos na lotaria sem nunca ter sido premiado!!!
    Os 145 milhões que o Estado vai emprestar, serão emprestados se voltar a recebe-los, com juros. Mas à partida tenho dúvidas que tal venha a acontecer. Se tal empréstimo não for liquidado, será mais que legítimo dizer-se que os contribuintes portugueses foram lesados pelos lesados do BES.

  2. Os milhões que dão para “salvar” os bancos, DAVA de bom agrado às PESSOAS LESADAS e não a esses parasitas económicos da sociedade.
    Ponham os olhos no que aconteceu na Islândia. CORAGEM precisa-se!

  3. Mau!
    Lesados do BES são todos os portugueses!!
    Agora tirar ainda mais aos portugueses para dar a uns “lesados” (que de lesados tem pouco), é roubar ao povo para dar a meia-duzia.

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