A justiça espanhola emitiu esta sexta-feira mandados de detenção europeus contra o presidente da região autónoma da Catalunha destituído, Carles Puigdemont, e quatro dos ex-ministros do executivo catalão.
Os cinco elementos viajaram para Bruxelas, na Bélgica, e não estiveram presentes na Audiência Nacional de quinta-feira.
A juíza Carmen Lamela emitiu os mandados de detenção europeus contra os cinco membros do governo catalão destituído, por “delitos de rebelião, sedição, desvio de fundos e desobediência à autoridade”, refere o tribunal em comunicado.
Um porta-voz do Ministério Público belga confirmou que receberam o mandado de detenção e referiu que o mesmo vai ser estudado. “Vai ser entregue a um juiz de instrução e vai ser estudado”, disse Eric Van der Sijptm, citado pela agência France Press.
O parlamento regional da Catalunha aprovou na passada sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupava.
O executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou no sábado a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o governo catalão.
Na quinta-feira, a Audiência Nacional decretou a prisão incondicional para oito ex-ministros regionais, que prestaram declarações nesse dia, entre eles o vice-presidente do Governo regional demitido, Oriol Junqueras.
Também em Madrid na quinta-feira, o Supremo Tribunal espanhol decidiu colocar seis deputados regionais, entre eles a presidente do parlamento da Catalunha, Carme Forcadell, em vigilância policial até à próxima quinta-feira, quando voltarem a ser ouvidos pelo tribunal.
// Lusa