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Escolas avançam para a “desmaterialização dos manuais”

Mário Cruz / Lusa

“As escolas estão já a avançar para a desmaterialização dos manuais e materiais clássicos da aprendizagem”, indicou esta segunda-feira o vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), David Sousa, a poucos dias de terminar o prazo recolha desses livros.

“O livro nunca se tira completamente, como é óbvio, mas é nesse processo que as escolas já estão a apostar. Os planos de desenvolvimento digital que as escolas estão a ultimar apontam nesse sentido, da desmaterialização do suporte em papel”, disse David Sousa ao Jornal de Notícias.

O responsável acredita que “dentro de poucos anos a conversa que temos será essa, e deixaremos de falar nesta reutilização dos materiais em papel”. Contudo, “o grande obstáculo” é “a deficitária cobertura que as escolas têm em termos de rede wi-fi. Ou seja, a entrega de Hotspot a alguns alunos (carenciados) no âmbito da entrega dos computadores não resolve o problema”, sublinhou.

“Genericamente temos as coisas organizadas para que esse prazo possa ser cumprido”, referiu, acrescentando: “Há sempre uma ou outra família que temos que contactar porque se esqueceu, ou que foi para férias antecipadamente, mas há também pais que se articularam com as escolas para antecipar a entrega dos manuais”.

Na sua maioria, as escolas encaminham os livros já descontinuados para os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa). Mas em junho, o Ministério da Educação informou as escolas que deveriam “promover todos os procedimentos relativos ao processo de reutilização dos manuais escolares, que abrangem todos os níveis de ensino a partir do 2.º ciclo do ensino básico, inclusive”, processo que deve estar concluído até ao final de julho.

Taísa Pagno //

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