Entretanto, no outro lado do mundo: Austrália proíbe cigarros eletrónicos

Na Oceânia as medidas governativas sobre o tabaco divergem: se, por um lado, a Austrália vai avançar com a proibição de cigarros eletrónicos; por outro, o novo governo neozelandês prepara-se reverter leis antitabaco do executivo anterior, onde se incluía a proibição vitalícia para os jovens.

Portugal vai deixar cair as alterações à lei do tabaco, ao mesmo tempo que a Austrália se prepara para proibir os cigarros eletrónicos, já a partir de janeiro.

A medida tem como objetivo reverter “o aumento perturbador” da prática entre os jovens.

A medida já tinha sido sugerida em junho quando o governo acusou a indústria do tabaco de tentar viciar as novas gerações em nicotina, através destes aparelhos eletrónicos.

De acordo com a Euronews, 737 milhões de dólares dos orçamento australiano para o próximo ano são para financiar uma série de medidas para proteger os cidadãos contra os danos causados pelo tabaco e produtos de vaporização.

Oceânia dividida

Curiosamente, ali ao lado, na Nova Zelândia, o novo Governo prepara-se para reverter leis antitabaco do governo anterior.

O novo líder do executivo neozelandês, o conservador Cristopher Luxon, delineou 49 ações que pretende levar a cabo nos próximos três meses.

Muitas das medidas previstas no plano de 100 dias implicam a revogação de iniciativas do anterior governo liberal, que esteve em funções seis anos.

Mas alguns dos planos estão a gerar controvérsia, como é a intenção de revogar as restrições ao tabaco aprovadas no ano passado. Estas incluíam a exigência de baixos níveis de nicotina nos cigarros e a proibição vitalícia para os jovens.

O Governo de Luxon afirmou que acabar com as restrições ao tabaco – estas devem entrar em vigor no próximo ano – traria mais dinheiro dos impostos, embora o líder tenha sublinhado não tratar-se de trocar saúde por dinheiro.

“Vamos continuar a reduzir as taxas de tabagismo em toda a Nova Zelândia sob o nosso governo”, indicou.

Os críticos analisam que o plano é um retrocesso para a saúde pública e uma vitória para a indústria do tabaco.

ZAP // Lusa

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