Entra Medina, sai Siza Vieira. Costa apresenta hoje os protagonistas do seu novo Governo

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Tiago Petinga / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Dois meses depois das legislativas, António Costa apresenta esta quarta-feira o seu novo Executivo, que promete ser “mais curto e mais enxuto”. Para já, sabe-se que Pedro Siza Vieira integra a lista de saídas, Fernando Medina sucede a João Leão nas Finanças e Mariana Vieira da Silva passa a número dois.

António Costa tem prometido, já desde a campanha eleitoral, que o XXIII Governo português será “mais curto e mais enxuto“, uma espécie de task force para a recuperação pós-pandemia e para a execução da bazuca.

Neste sentido, o Ministério do Mar poderá ser integrado noutra tutela e o Ministério da Modernização do Estado e Administração Pública deverá cair, com Alexandra Leitão a transitar para outra área como a da Justiça.

O Expresso salienta ainda que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior pode voltar a ser agregado no da Educação, ainda que esta não seja uma prática dos governos socialistas. Já o Ministério da Coesão Territorial e o do Planeamento, que ganhou destaque nos últimos anos, pode vir a perder autonomia.

Além das pastas, o número de ministros (atualmente 19) e de secretários de Estado (atualmente 50) deverá ser reduzido, o que implicará várias saídas.

Lista de saídas

A primeira a integrar a lista, e sem grandes surpresas, é Francisca Van Dunem, a ministra da Justiça (e da Administração Interna, após a demissão de Eduardo Cabrita), que já assumiu publicamente que não ia continuar no Executivo socialista.

Após substituir Mário Centeno nas Finanças, também João Leão abandona o Governo, assim como Tiago Brandão Rodrigues, que bateu recordes de longevidade na pasta da Educação.

Graça Fonseca deixa de estar ao leme da Cultura e Manuel Heitor sai do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Em alguns círculos, a saída de João Pedro Matos Fernandes da pasta do Ambiente e Ação Climática também é dada como certa.

Pedro Siza Vieira é outra baixa de peso. Até agora, tudo apontava que o ministro iria deixar a pasta da Economia para rumar aos Negócios Estrangeiros, mas o Jornal de Negócios avançou esta terça-feira que a sua saída será mesmo consumada.

Os que ficam (e os que entram)

Mariana Vieira da Silva vai continuar na Presidência do Conselho de Ministros e consolidar, devendo assumir o papel de número dois de António Costa na coordenação política.

Outro protagonista a manter-se no elenco é Pedro Nuno Santos, que continua com o Ministério das Infraestruturas e Habitação em mãos.

Apesar do desgaste imposto pela pandemia de covid-19, Marta Temido deverá continuar no Governo. A pasta da Saúde deverá estar-lhe assegurada e a continuidade só deverá depender da sua vontade pessoal.

O Ministério do Trabalho e da Segurança Social continuará a contar com Ana Mendes Godinho e Alexandra Leitão deverá passar da Administração Pública para a Justiça.

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, deverá subir a ministro (provavelmente do Ambiente) e Tiago Antunes, secretário de Estado-adjunto, também.

A grande entrada é de Fernando Medina, que substitui João Leão no Ministério das Finanças. O delfim de António Costa tem sido apontado para esta pasta depois de ter sido derrotado nas eleições para a Câmara Municipal de Lisboa.

Ana Catarina Mendes também tem entrada quase garantida no novo Governo e, ao que tudo indica, com a pasta de coordenação política dos Assuntos Parlamentares.

Dúvidas ainda por esclarecer

Em julho, Augusto Santos Silva disse, em entrevista ao semanário Expresso, que esperava que o PS “o deixasse regressar” à sua profissão, uma declaração entendida como um sinal de saída numa presumível remodelação.

No entanto, depois de uma legislatura interrompida pelo chumbo do OE2022 e com a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, vozes socialistas ecoaram a favor da continuidade do ministro na pasta dos Negócios Estrangeiros.

O governante era apontado para presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado e sucessor de Eduardo Ferro Rodrigues. No sábado, o Nascer do Sol noticiava que é mesmo para lá que irá, sendo provavelmente substituído por João Gomes Cravinho (atual ministro da Defesa) no MNE.

António Costa e Silva, o escolhido para desenhar o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), deverá assumir a pasta da Economia (que terá grande parte da gestão dos fundos) e poderá também ficar com a tutela da Energia.

João Gomes Cravinho está de saída da Defesa, depois de vários percalços com o Presidente da República, nomeadamente aquando da nomeação do vice-almirante Gouveia e Melo a chefe de Estado Maior da Armada. O ministro poderá passar para os Negócios Estrangeiros.

Ao que o Expresso apurou, o seu lugar deverá ser ocupado por Helena Carreiras, diretora do Instituto da Defesa Nacional.

O Ministério da Administração Interna (MAI) deverá ser assumido por José Luís Carneiro, atual secretário-geral-adjunto do PS.

Na Cultura há dúvidas entre Joana Gomes Cardoso, presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) e André Moz Caldas, secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros.

Maria do Céu Antunes sai da Agricultura, Mar e Pescas para, possivelmente, dar lugar a Ana Abrunhosa, que assumiu até agora a pasta da Coesão Territorial.

Liliana Malainho, ZAP //

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1 Comment

  1. Muito mau a ser verdade. Então essa do Medina é mesmo para gozar com os tugas. O tacho a qualquer preço.
    E a Abrunhosa na agricultura e mar?!?!? Se calhar a senhora pesca nos tempos livres ou tem um pequeno jardim em sua casa.
    Nunca mais saímos da cepa torta.

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