“Maioria absoluta não é poder absoluto”. Costa promete dialogar com (quase) todos e Governo “curto e enxuto”

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Miguel A. Lopes / Lusa

António Costa

António Costa celebra maioria absoluta do PS nas legislativas de 2022.

Foi uma vitória pela “estabilidade”, disse António Costa no discurso que celebrou a maioria absoluta do PS nas legislativas deste domingo, assumindo “muita emoção”. O líder socialista prometeu dialogar com todos, menos com o Chega, e garantiu que o próximo Governo será uma “task force para o progresso”.

Depois de seis anos de Governo e dois de luta contra a pandemia de covid-19, Costa disse que é com “muita, muita emoção” que irá assumir a “responsabilidade” que os portugueses lhe confiaram.

No piso -1 do Hotel Altis, na rua Castilho, em Lisboa, com os militantes na sala a agitarem bandeiras do PS e da JS e a gritarem “vitória, vitória”, e “Costa, amigo, o povo está contigo”, o líder dos socialistas falou de uma noite “muito especial”, considerando que “foi uma vitória da humildade, da confiança e pela estabilidade”.

Costa também fez questão de realçar que “uma maioria absoluta não é o poder absoluto, não é governar sozinho, é uma responsabilidade acrescida”.

Assim, prometeu uma “maioria de diálogo com todas as forças políticas que representam na Assembleia da República todos os portugueses na sua pluralidade”. A excepção é o Chega, ou “aquela [força política] com que disse que não vale a pena consumir tempo de diálogo”, sublinhou Costa.

Perspectivando como vai ser o seu futuro Governo, Costa ressalvou que será “mais curto e enxuto”, definindo-o como uma “task force para o progresso”.

“Virar página da pandemia” e implementar “reformas”

Na análise à vitória gorda dos socialistas, Costa assumiu que “só foi possível” com o voto de muitos portugueses “de outras origens políticas” que apostaram no partido por “garantir as melhores condições de estabilidade no país”.

“Saberei interpretar fielmente o mandato que me foi conferido”, prometeu ainda.

“Os portugueses confirmaram que desejam um governo do PS para os próximos 4 anos”, acrescentou, realçando que “mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política” e que “manifestaram o seu desejo de, nos próximos anos, contarem com estabilidade, com certeza e segurança, um rumo certo para o nosso país”.

Agora, Costa nota que é preciso “virar a página da pandemia e mobilizar todas as energias na recuperação do país”, nomeadamente para implementar “um conjunto de investimentos e de reformas para que Portugal seja um país mais próspero, mais justo, mais inovador” e para garantir “às novas gerações o futuro que desejam e que merecem”.

ZAP // Lusa

24 Comments

  1. Não cabe um feijãozinho de contentamento no rabo do Costa. Depois dum governo com tanta borrada, com cabritas, matosfernandes, martastemidos e quejandos, ganha com maioria absoluta?!
    Grandes portugueses, assim é que é. Vá lá que reduziu o pan, be e pcp ao lugar deles. E o chega? Daqui a 4 anos ficam iguais ao pan…e bem.

    • Apenas prova que o povo é soberano nas suas escolhas, apesar de… tanta manipulação das fake sondagens diarias…. que o Rio quase ganhava… a pior derrota do psd.
      Agora quem tem de se por a pau, é mesmo os laranjinhas, pois tem o xenófobos e os chamados IL à perna…. ou seja 50% a dividir por três… enquanto do outro lado, os outros 50% mostram trabalho feito.

  2. Portugal é um país pobre. Uma coisa é uma estabilidade da maioria de Governo parlamentar; outra coisa é a instabilidade social nas ruas e o descontentamento “da Geração à Rasca” de Portugal. Portugal como é um país pobre está a passar por uma fase política do Síndroma de Estocolmo da Governação. A maioria absoluta na Assembleia da República Portuguesa não significa estabilidade social e sindical nas ruas.

    • Exactamente. E tantos, tantos os que já tinham medo antes, continuarão com medo. E, a cada cedência que fazem com “medo desse medo”, pior ficarão e arrastarão os restantes com eles para o buraco.

  3. O Costa pediu e teve! Vai fazer borrada durante os próximos quatro anos. O Zé Povo anda doido… maioria absoluta do PS? Que doidos, pá!

    • Não percebo essa sua postura!!! O único governo de maioria absoluta que o PS teve até hoje foi uma referência no progresso e desenvolvimento do país, com gente talentosa como o Engenheiro ao domingo Socas, o Pinho e outros.
      Podem não conseguir agradar a todos, mas seguramente vão agradar a alguns…começando por eles próprios.

      • Para falar verdade, foi o Governo que mais investiu e catapultou Portugal a nível tecnológico, e que pôs a educação em outro patamar. Certo que parece que houve algumas trocas de favores, ainda não julgadas/provadas…. mas o mérito, ninguém lhe pode tirar. Como primeiro ministro Sócrates foi do melhor que poderíamos ter, pena que a ética e a moral não tivessem acompanhado.

  4. Carrega forte nos impostos, Costa, como fizeste com o imposto sobre os combustíveis. Claramente os Tugas gostam de umas boas vergastadas nas costas. Continuem os negócios por baixo da mesa no lítio e hidrogénio. Tragam novamente o Sócrates, o Pinho e o Cabrita para o governo. Carrega com força no povo! Não há que ter contemplação. Quanto mais forte mais eles gostam! Venham 4 anos de vesgastadas que o povo vai rejubilar!

  5. Maioria absoluta, não tenho certeza de que seja uma solução de excelência, mas é certamente uma decisão com algum sentido sábio, prova provada de que o povo não anda propriamente a dormir e que afinal o analfabetismo não grassa por aí como alguns supunham.
    Ninguém venha falar de carga de impostos, sem reflectir no que foram os anos de governo de Pedro P. Coelho e de seu aliado o irrevogável, sendo aconselhável também pensar nas alienações então produzidas, nos roubos da banca, nos submarinos etc, etc etc. por isso tenham vergonha.
    Hoje, devemos ter orgulho em sermos portugueses, e não esquecer nunca que, enquanto país democrático,não são as vontades de cada um que ordenam mas sim a vontade da maioria.
    Bem hajam portugueses! Viva Portugal.

    • Não se esqueça no seu raciocínio do estado em que os ladrões deixaram o país e não se esqueça também que há uma dívida pública recorde para ser paga. Sim, este governo atual (mesmo sem contar com os anos da pandemia) aumentou em valor absoluto o valor da dívida.

  6. “Ganhe quem ganhar , em mim, só existe uma única certeza, vou continuar a pagar muitos impostos, empresariais e particulares , vou continuar em busca de trabalho para garantir o futuro de quem me acompanha, bem como, o meu, nenhum governo me irá dar nada, antes pelo contrário, a vida vai continuar, depois, já nos esquecemos , continuamos a pagar, pagar, pagar, confortavelmente sentados no sofá, outros serão intocáveis…

    Por tudo isto, vou votar em quem nunca lá esteve, porque quem muda, Deus ajuda, a abstenção, é para os estacionados no meio do caminho, de quem quer seguir em frente, de forma justa e diferente…

    Por isso, vamos votar, só assim, ganharemos o direito de reclamar…”

    Afinal voltamos a ser um país sem civismo, onde 42% tocam viola, enquanto os restantes decidem um país inteiro..

    Enfim, afinal ao que parece, estava mesmo tudo bem, ainda bem…
    Albertina Correia

    • Enquanto vais receber, normalmente quem se queixa é sempre quem fica a ganhar no encontro de contas, maior das vezes quem recebe ajudas do estado.
      O Costa fica com o UNICO, ( talvez em todo o MUNDO ),Orçamento Geral do Estado aprovado por a maioria absoluta do eleitorado Português, fico expectante para ver a Votação do OGE na Assembleia da Republica, ver o Respeito que os Partidos Políticos tem da vontade dos Portugueses, se, da Extrema Esquerda á Extrema Direita aprovarem o OGE não serão coerentes, de uma maneira ou outra terão de explicar aos Portugueses qualquer decisão que escolham, ou a falta de coerência, ou a falta do respeito pelas maiorias, mesmo que absolutas.

  7. Com papas e bolos se enganam os tolos.Só um país que vive com alta percentagem da subsidiodependência, gosta dos favores do estado e pouco de trabalhar dá a maioria a um pretor com o Kostakovitch.Depois queixem-se.A vossa sorte é que o dito cujo vai abandonar o país daqui 2 anos, ou fugir daqui.
    Se com o PPC houve escândalos, com este Kosta Hove o quê?
    Total inoperância a gerir as crises ministeriais, incompetência na gestão financeira, da crise sócio político económica da pantominice do Covid-19, um brutal aumento da carga de impostos, do degredo educacional.
    Gostaram? Repitam a dose.Há muitos kLEENEX à venda

  8. Parabéns, Costa. Continuar a avançar e fortalecer Portugal. Os que não gostaram vão comer menos, porque o povo é soberano mesmo quando dão 12 deputados a um partido perigoso nas ideias e nos métodos.
    Força Costa

  9. O Costa fica com o UNICO, ( talvez em todo o MUNDO ),Orçamento Geral do Estado aprovado por a maioria absoluta do eleitorado Português, fico expectante para ver a Votação do OGE na Assembleia da Republica, ver o Respeito que os Partidos Políticos tem da vontade dos Portugueses, se, da Extrema Esquerda á Extrema Direita aprovarem o OGE não serão coerentes, de uma maneira ou outra terão de explicar aos Portugueses qualquer decisão que escolham, ou a falta de coerência, ou a falta do respeito pelas maiorias, mesmo que absolutas.

    • O amigo tem as contas baralhadas. De resto todo o comentário é baralhado. O PS teve 2 milhões de votos em 10 milhões possíveis (nove milhões e qualquer coisa para ser mais preciso) de eleitores. Acha isso uma verdadeira maioria?! É o que se arranja.E não se esqueça que todos os partidos estão totalmente legitimados, tal como o PS, para defenderem o que apresentaram nos seus programas eleitorais.
      Entretanto espere que, já em breve, terá surpresas. Deixe a inflação galopar (o que já aconteceu nos EUA e UE) e com o anúncio já feito de aumento de taxas de juros nos EUA, a UE fará o mesmo (embora eventualmente a um ritmo inferior). A dívida pública que os seus amigos aumentaram nos últimos 6 anos gerará qualquer coisa como 3,5 mil milhões de juros anuais para pagar. Mais do que foi agora enterrado no buraco da TAP. O amigo será chamado para pagar esses juros com os seus impostos. E este é o encargo anual. Aproximam-se tempos complicados.

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