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Uma luz de esperança para a Europa. O elogio do Financial Times a Portugal e ao “sagaz Costa”

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Clara Azevedo e Paulo Henriques / Portugal.gov.pt

Primeiro-Ministro António Costa e Ministro das Finanças, Mário Centeno

A recuperação económica de Portugal é, mais uma vez, motivo de elogios, desta feita do diário económico internacional Financial Times que destaca como um “sagaz” Costa soube manter a “geringonça” de pé, apresentando o país como uma espécie de ilha da boa esperança para a Europa.

O editorial do Financial Times destaca a instabilidade política em Itália, as turbulências da economia alemã, o Brexit e os problemas que Espanha tem enfrentado para evidenciar Portugal como uma “luz de esperança para a Europa”.

O jornal evidencia os salários em níveis anteriores à crise, um défice próximo do zero e o desemprego a 6,7% (comparativamente a 14% em Espanha) como factores que ilustram a vitória da “geringonça” em Portugal.

Comparando com aquilo que aconteceu com a coligação que governou em Itália, mas que se desmembrou na semana passada, o Financial Times atesta que a aliança entre PS, Bloco de Esquerda e PCP que considerou “ténue” e possivelmente efémera em 2015, continua “estável e funcional”.

E esta estabilidade deve-se muito a um “sagaz Costa”, entende o económico, frisando que fez “escolhas políticas acertadas”, apostando numa “austeridade leve” em nome do controle do défice.

Por outro lado, o Governo português contou também com uma “boa dose de sorte” e com a recuperação internacional e o boom turístico, de acordo com o económico.

A baixa taxa de criminalidade do país e o ambiente acolhedor e amigável também ajudam a explicar a “atracção de imigrantes e investidores estrangeiros”, segundo o jornal.

Perante este cenário, o Financial Times não duvida que o PS vai voltar a ganhar as eleições legislativas e, assim, recomenda ao futuro Governo português que avance com a reforma da administração pública e da Banca na próxima legislatura. Deve também manter a “prudência orçamental”, mas sem “austeridade punitiva”.

Citando a recente greve dos motoristas, a reivindicação da Função Pública para reposição do tempo de serviço congelado e a dívida pública superior a 100% do PIB como “alguns dos problemas” que Portugal continua a enfrentar, o Financial Times alerta que há uma “tempestade” a aproximar-se da economia mundial e que é preciso que o nosso país tenha “uma visão clara do seu futuro e estratégias económicas”.

ZAP //

16 Comments

  1. Deixem o turismo parar de aumentar e as receitas que daí vêm e veremos quem é sagaz. Também o Sócrates durante 4 anos parecia ter a situação controlada

    • É sempre bom perceber que há quem deseje a desgraça do país, na esperança de ter o seu clube de futebol político à frente do capeonato.

      É sempre bom saber que haja quem considere o afundamento de um país um aborrecimento necessário para ver no poleiro o partido de que tanto gosta, mas que se está nas tintas pra ele (cidadão) quando tem é de dar de mamar aos interesses que finaciam a máquina partidária.

      É sempre bom saber que para alguns o país é um meio para atingir a vitória política, e não o contrário.

      Tudo pelo clubismo ideológico! Antes o partido do que o país! Há que desejar que o país se lixe para lá meter os da minha cor! Em vez de ser “estou-me nas tintas pra quem lá está desde que o país melhore”, o mote é, “estou me nas tintas para que o país melhore, interessa-me é quem lá está!”

      Gente a pensar assim é uma espécie a abater. Representam uma peste de ignorância e fazem cá tanta falta como a fome.

      • Usar a expressão “espécie a abater” é bom senso? “Peste”? “Mamar à máquina partidária”, (sem incluir o dele) Bom senso? Rendimento baseado em UM SÓ sector de actividade e avisar que isso é como todos os ovos no mesmo cesto, ser condenável? Bom senso?… Raro de ver?… no caso dos cegos.

      • Miguel Queiroz sabe ler? Não parece. O que é que eu descrever uma inevitabilidade tem alguma coisa a ver com um desejo meu?
        Tanta 1ª classe mal tirada

  2. Eu queria ver se fosse os partidos de direita a receber estes elogios se falavam assim.
    Está escrito na bíblia “Os que eram da terra de Jesus não lhe deram o devido valor, e até o mataram”.
    Deviam ter vergonha de deitar a baixo a sua gente, deveriam era felicitar-se juntamente com os seus que lá fora são reconhecidos, e não ter inveja, que é muito feio.

  3. Joaquim, emigre e deixe de meter nojo, saiba conviver com os que apesar de não serem do seu clube, muito tem contribuído para o sucesso do país. Força Costa, força geringonça.

    • Eu só descrevi factos. Qualquer um pode rapidamente consultar os dados do crescimento do turismo nos ultimos 4 anos e comparar com o crescimento do PIB. Fora o turismo a situação piorou.
      Preve-se repetição do que aconteceu com o Sócrates

  4. Não nos podemos esquecer que a avaliaçâo do Financial Times é a a voz dos credores. Quando os juros são pagos a situação, nesse instante, é sempre muito boa para eles.

  5. “….Perante este cenário, o Financial Times não duvida que o PS vai voltar a ganhar as eleições legislativas….”
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    Adoro este 7ºparagrafo! 😉 😉
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    E a baixa taxa de criminalidade na parte baixa da pirâmide também é uma piada gira, pois e de facto, parece que é verdade!!
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    O humor britânico é fantástico, e o que vejo cá de mais semelhante é o daquele tipo fedorento sobre a “Gente que não sabe estar”.

  6. Gosto de ver os comunistas (de todas as espécies) contentes com os elogios de um jornal ícone do capitalismo! Por “gosto de ver”, entenda-se, fico perplexo, mas já se percebeu há muito que a esquerda anda completamente perdida e desamparada neste mundo desde que a URSS faliu.

    • Ó Aparecida… de que mundo é que saíste e que raio de comentário é este a estas horas sobre este artigo. Isso já são efeitos do vírus?

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