O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, responsabilizou hoje o seu homólogo russo, Vladimir Putin, pela morte do líder do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, ocorrida num desastre de avião em agosto numa zona a norte de Moscovo.
“Ele matou Prigozhin, pelo menos esta é a informação que todos nós temos, não temos outra informação”, disse Zelenskyy numa conferência em Kiev, citado pela agência France Presse (AFP).
A morte de Yevgeny Prigozhin, o famigerado líder do grupo mercenário Wagner, num acidente de avião, tem estado envolta em controvérsia e rumores — que o Kremlin tenta afincadamente combater.
A aeronave despenhou-se na região de Tver, no norte de Moscovo, após ter estado no ar durante menos de 30 minutos.
Um canal no Telegram associado ao grupo mercenário, Grey Zone, alegou que a aeronave foi intercetada e abatida pelas defesas aéreas regionais. Há também testemunhas locais que relatam ter ouvido duas explosões consecutivas antes do acidente e que reportam ter visto dois rastos de vapor.
A morte do chefe do grupo paramilitar russo foi confirmada por exames genéticos, que apurou que as identidades das 10 vítimas, cujos corpos foram encontrados após a queda, “correspondem à lista” de passageiros e tripulantes do avião — entre os quais se encontravam Prigozhin e o estado-maior do Grupo Wagner.
No fim de agosto, Moscovo confirmou que a investigação da morte de Prigozhin estava a considerar a hipótese de o avião ter sido abatido de propósito, naquele que foi o primeiro reconhecimento explícito por parte do Kremlin de que o líder do grupo Wagner pode ter sido assassinado.
Putin rejeitou estar por detrás da morte de Prigozhin, descrevendo-o como um homem talentoso que fez muito pela Rússia mas que cometeu erros. O Kremlin nega qualquer envolvimento na queda do avião: “é uma mentira absoluta!”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Os homens do Grupo Wagner estiveram na linha de frente dos combates no leste da Ucrânia, incluindo a batalha pela cidade de Bakhmut, capturada pelas forças russas em maio, após quase um ano de combates sangrentos.
Após a queda de Bakhmut e de uma tensão crescente com o ministro da Defesa e a chefia do exército da Rússia, Prigozhin liderou uma rebelião no final de junho, com operacionais do Grupo Wagner a conduzirem uma marcha em direção a Moscovo com o objetivo de afastar as lideranças militares russas.
A rebelião foi travada pela mediação de Alexander Lukashenko, aliado de Putin e Presidente da Bielorrússia, para onde parte do Grupo Wagner se deslocou, antes da morte de Prigozhin e de homens da cúpula da empresa paramilitar num desastre aéreo, em 23 de agosto.
Em julho, Kyrylo Budanov, chefe dos serviços de Inteligência do Ministério da Defesa da Ucrânia, tinha avisado que o Kremlin tinha um plano para “eliminar” o antigo líder do Grupo Wagner.
// Lusa
Não serve nada negar, o mundo inteiro sabe que Prighozin foi assassinado por Putin. O homem do Kremlin não perdoa traições e a humilhação mundial que Putin sofreu com o avanço da coluna militar até às portas de Moscovo ditou o assassínio de Prighozin.
Seria totalmente incoerente se assim não fosse. Falta saber o destino dos outros 2 daquela reunião…
Un Assassino que elimina outro Assassino , que continuem , não fazem falta nenhuma !